O portal da transparência - www.portaldatransparencia.gov.br-, site do próprio governo federal, traz informações estarrecedoras para o cidadão-contribuinte pagador de impostos e de suas contas pessoais. Procurem lá no endereço e se assustem vocês também; não precisa acreditar em mim.
No recém findo 2007 foram gastos com cartões corporativos exatos R$ 75,6 milhões, configurando um aumento de 126% em relação ao ano anterior. Mas os números não são o que mais chamam a atenção! Criados para fazer face a despesas emergenciais administrativas, os documentos apresentados no site, relativos a recibos de pagamento, evidenciam utilização dos cartões (emergencial, claro) em padarias, restaurantes de luxo, joalherias e até, pasmem, em pet shops; e olhe que não temos mais o Rogério Magri em ministério nenhum.
A "troupe" do poder entendeu que esses cartões, antes de serem da corporação/governo, são mesmo é propriedade privada deles; assim com são de nossa propriedade os Visa e Mastercard, mas com fatura paga pelo nosso orçamento, não pelo erário. Instalou-se a lógica invertida do que está posto na constituição federal: o (dinheiro) que é público a serviço dos interesses privados de alguns.
E muita gente acha isso natural, e até copia. Quem quiser investigue na sua cidade, na sua câmara de vereadores ou nos seus executivos. Facilmente vocês encontrarão telefones celulares de última geração na mão de cada autoridade, sendo utilizados, sem limites de pulsos até para marcar hora em cabeleireiro ( isso também deve ser muito urgente, claro ). Vou ficar só nesse exemplo de malversação, já que ele pode ser facilmente constatado.
Pedir providências a quem? Talvez à nossa consciência na hora de escolher nossos representantes em qualquer das esferas administrativas do país.
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