sábado, 5 de setembro de 2009

Governos Fora-da-Lei

O título acima é de um artigo do jornalista Érico Firmo, publicado na edição de amanhã do jornal O Povo; o título/denúncia relembra atitudes arbitrárias, ditatoriais mesmo, do governador Cid Gomes e da prefeita de Fortaleza Luiziane Lins.
O perfil despótico da caricata "loura bela" da Fortaleza nem tanto assim eu não conhecia, muito menos a história pregressa do seu partido - PT - jamais sugeriu atitudes tão marginais (à margem da lei). Quanto ao nosso governador, ah, desse nós conhecemos muito bem, como de resto, de todo o clã FG, o modo arrogante e absolutamente autocrático de ser poder.
Mais lamentável que essa constatação é vermos a total subserviência do poder legislativo estadual - exceção honrosa na pessoa do Heitor Ferrer -, curvado diante das arbitrariedades e ilegalidades cometidas pelo governador; como no caso em pauta no artigo do jornalista Érico: o problema da carga horária funcional da polícia militar.
Sem querer parecer mais bem informado que o brilhante jornalista, eu teria acrescentado no seu texto o outro imbróglio, ainda maior e mais grave, na minha opinião: a cizânia gerada na corporação da polícia, com a criação da casta privilegiada (salários, infra-estrutura, valores hierárquicos, viaturas, etc...)do projeto ronda de quarteirão.
Enquanto isso, como dóceis cordeiros na ante-sala de imolação, estamos os cearenses sem um nome sequer lembrado para fazer o contraditório ao atual governo nas eleições de 2010.
Lamentável essa situação, para dizer pouco. E perigosa para o exercício pleno do estado democrático e de direito em que, teoricamente, vivemos. Parece mais que estamos chegando à ditadura do PUN - partido único, e sob o risco de sofrer prejuízos tão desagradáveis quanto o odor exalado dos puns - flatos.
Só para concluir: atribui-se a Eça de Queiroz a seguinte máxima: "as fraldas dos bebês e os políticos precisam ser trocados com muita frequência; e sempre pelos mesmos motivos".

De novo, com as mesmas inquietações....

Ao longo dos 3 anos de existência deste espaço, talvez ele tenha estado mais "inativo" que o contrário; fazer o quê, não é mesmo? Afinal, se até blogs editados por jornalistas profissionais têm os seus hiatos de funcionamento, mais ou menos prolongados, por que o meu não poderia tê-los, sendo só um instrumento de catarse pessoal?
Pois bem, estou voltando... e ainda com as mesmas inquietações. Serei eu o anacrônico, o eterno "do contra tudos e todos" ou o outro lado ( o comportamento da sociedade em quase todas as instâncias ) é que permanece imutável nos seus equívocos e hipocrisias?
Para a interpretação de quem suber da notícia: o INEP - instituto de avaliação parlamentar- acaba de divulgar lista dos 100 políticos mais influentes no congresso; e lá estão os nomes dos senadores cearenses Tasso Jereissati - PSDB - e Inácio Arruda - PC do B. E mais o nome do deputado Ciro Gomes - PSB.
Quem sou eu para questionar o mérito do julgamento do tal instituto para chegar às conclusões que chegou mas não dá para não se inquietar diante da análise que conclui como "influente" o senhor Ciro Gomes, talvez o maior ausente do congresso, no plenário ou na tribuna; e sem ter apresentado, nos quase 3 anos de mandato um projeto legislativo sequer, o mais simples que fosse, frustrando ( a mim certamente não, como conhecedor das suas performances de fachada ) os seus quase 700.000 eleitores.
A não ser, voltando à questão da influência, que seja pelo fato d'ele ser o marido da Flora - Patrícia Pilar, que voltou às páginas da grande mídia depois do lançamento nacional do seu documentário - excelente, por sinal - sobre o cantor baiano Waldick Soriano.
Eu ( e muitos outros Brasil afora ) não sou cachorro não!, que balança o rabo pra qualquer manifestação de seu dono. Os cães certamente são os melhores amigos do bicho-homem, mas nem exercem essa influência toda para nossas vidas; também não o deputado Ciro, a atual "massa de manobra" do presimente Lula.