sábado, 24 de julho de 2010

Índio, as FARC e o PT

Tradução do Título
Índio (da Costa): deputado federal pelo DEM-RJ-candidato a vice-presidente na chapa de José Serra-45
FARC: forças armadas revolucionárias da Colômbia
PT: partido dos trabalhadores do Brasil

A última frase da minha postagem anterior foi mais ou menos esta: " que façamos, em 3 de outubro, nossas escolhas analisando mais o conteúdo do que a forma dos nossos futuros representantes." Acho que dá pra entender o que quero dizer quanto falo de forma (pompa, campanhas milionárias, apoios institucionais, etc) e conteúdo ( história de vida, respeito às leis, projetos, respeito incondicional à vida, etc). Pois e´, repito, analisemos conscientemente, com isenção e sem paixão, o conteúdo de cada candidato em que queremos votar.

O texto abaixo que copiei e colei pra vocês é de autoria do jornalista Ruy Fabiano, está editado no Blog do Noblat - www.blogdonoblat.com.br - , nas postagens de hoje. Se vocês preferirem o leiam direto da fonte, para que não pairem dúvidas sobre a isenção da minha escolha em votar em José Serra - 45,e índio da Costa no próximo dia 3 de 10.

Ao texto

Índio, as Farc e o PT

Há um dado a registrar nos desdobramentos das acusações de Índio da Costa sobre as ligações do PT com as Farc: nenhuma das manifestações em contrário tratou do conteúdo do que disse. Todas, sem exceção, centraram-se em desqualificar quem as disse.

O que está em pauta, porém, não é apenas o denunciante, mas o teor do que foi denunciado, que vai muito além de sua dimensão pessoal ou política. Se o que disse é verdadeiro, então cumpriu seu papel de homem público. Se não é, deve ser responsabilizado judicialmente e o que contra ele já se disse ainda terá sido pouco.

Só se pode chegar à segunda assertiva depois de elucidada a primeira. No entanto, ignorou-se a primeira e aplicou-se a segunda.

O PT acabou estabelecendo a solução: levou o caso à Justiça. Lá, Índio terá que provar o que disse ou se submeter às penas da lei. Ele diz que tem provas do que disse. O país as aguarda. O que disse, afinal, não é pouca coisa – e o lugar que ocupa confere-lhe ao menos o benefício da dúvida, negado desde o primeiro momento.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia surgiram em 1964, como guerrilha política, de índole marxista-leninista. A partir dos anos 80, derivaram para ações criminosas. São hoje a principal organização narcotraficante do continente e mantêm relações, já comprovadas pela Polícia Federal brasileira, com organizações criminosas como Comando Vermelho e PCC.

Estão no centro da presente discórdia (mais uma) entre Venezuela, acusada de fomentá-las, e a Colômbia. Em 1990, ao criar o Foro de São Paulo, que teve como seu primeiro presidente Lula e presidente de honra Fidel Castro, o PT convidou as Farc a integrá-lo. Reconheceu assim a legitimidade do papel político que exerce.

Em 2002, com o sequestro da senadora e candidata à Presidência da Colômbia Ingrid Bettencourt, as Farc deixaram formalmente o Foro, a cujas reuniões, no entanto, continuaram a comparecer informalmente.

“Esse sujeito é um perturbado”, disse Marco Aurélio Garcia. “Quando terminar as eleições, vai ser vereador no Rio de Janeiro”. Tem sido essa a linha de argumentação, o que, convenhamos, está longe de obedecer à mais elementar norma de debate público.

Se é um despropósito atribuir vínculo do PT com as Farc, então, antes de condenar o acusador, ou simultaneamente a essa condenação, é preciso mostrar a improcedência dessa acusação.

Dizer algo como: o PT não tem e nunca teve vínculo com as Farc. O PT condena – e considera criminosa – a ação narcoguerrilheira das Farc. E aí outras explicações se impõem: por que então o governo Lula deu refúgio político ao narcoguerrilheiro Olivério Medina e requisitou sua mulher, Angela Slongo para trabalhar na Casa Civil da Presidência da República?

Dizer também porque o mesmo Marco Aurélio Garcia, assessor especial de Lula, se negou a considerar as Farc terroristas, não obstante sua prática de sequestro e assassinatos de pessoas, inclusive gente alheia à luta política na Colômbia – e não obstante ser essa a classificação que lhes dão União Europeia e Estados Unidos.

Mais: por que o PT, ao criar o Foro de São Paulo, em 1990, convidou as Farc, que, já naquela época, praticavam sequestros e tráfico de drogas?

Não basta dizer que o acusador é um nada, até porque não o é. É deputado federal e candidato a vice-presidente da República. Se fosse um nada, o PT não o levaria à Justiça. Se o levou, é porque viu gravidade no que disse. E, se o que disse é grave – e é -, precisa ser respondido, e até agora não foi.

O monopólio, a privatização e o cidadão

Mesmo que a cessão do imóvel público - e porque público de todos nós - e toda a infra-estrutura que abriga o terminal rodoviário deputado Manoel Rorigues, não tenha sido uma privatização total, e que esteja havendo portanto, contra-partida de ganhos para o erário municipal; ainda assim acho que cabe a pergunta:esse "contrato" não ficou muito caro e prejudicial, agredindo os direitos mais elementares do cidadão-contribuinte em geral? Dentre eles ( os direitos )o de livre escolha na aquisição de bens de consumo e necessidades cotidianas; no caso dos meios de transportes e viagens, definitivamente perdemos o direito de escolha aqui em Sobral.
Estou me lembrando agora de uma letra antiga de uma música do Luiz Gonzaga, acho: "...no Ceará não tem disso não...". Será que algum leitor dos poucos que tenho se lembra dessa letra? Pois bem, a letra fala de algumas comparações entre o comportamento da sociedade dos estados do sul e as tradições do nosso povo. Se a gente quiser fazer um contraponto e analisar ações politico-administrativas dos governos daqui e os de lá , talvez algum letrista daquelas bandas pudesse escrever: ..." aqui em São Paulo não tem disso não senhor...". A questão da lei sobre o transporte interurbano coletivo de passageiros, por exemplo, assinada pelo governador Cid Gomes; na prática o que ela criou foi um monopólio, ao que parece com cartas previamente "marcadas" em favor da empresa Guanabara. Talvez caiba mais uma pergunta aos leitores: vocês conhecem algum exemplo de monopólio que venha em favor da cidadania, do homem ( e mulher ) comum, trabalhador, pagador de impostos, e constitucionalmente numa re(res=coisa)pública, proprietário e senhor de tudo que é público?
No momento, 14:20 deste sábado, 24/07, estou acabando de constatar e sentir na pele ( e nas minhas pernas cansadas ), juntamente com um grupo grande de cidadãos-contribuintes, os malefícios e os prejuízos à cidadania provocados pelo monopólio que a empresa Guanabara de transporte de passageiros instalou com o beneplácito e a conivência oficial do governo do estado, além da generosa doação do excutivo sobralense de um equipamento/estrutura física que, por ser público, não pertence só ao cidadão-prefeito, portanto não teria ele o direito de decisão imperial sobre sua utilidade.
Fazer o quê, meus amigos, numa sociedade que parece que sofreu lavagem cerebral, que não se indigna mais, não critica, não reinvindica, nem quando vê tolhidos seus direitos constitucionais. O que fazer se nem a câmara de vereadores (12 calangos balançando a cabeça pro executivo), nem a assembléia legislativa ( até ontem eram mais uns 45 calangos e só o Heitor Ferrer dizendo não),nem os clubes de serviço, CDL, Associação Comercial, universidade, sindicatos, conselhos comunitários, etc, diz ou faz nada em nossa (e deles também porque também cidadãos-contribuintes-consumidores)defesa? O que fazer, pergunto finalmente, se nem o Ministério Público, que por prerrogativa de função não precisa ser provocado para interceder em favor do cidadão, nem ele tem se inquietado com esse estágio de desrespeito a que chegou o processo de monopólio/privatização da rodoviária pública municipal Manoel Rodriges dos Santos, beneficiando tão somente os cofres da empresa privada Guanabara? Será que 'tá tudo dominado mesmo pelos poderosos de plantão no estado e no município( que aliás é a mesma coisa, sabemos; só muda o sobrenome)?
Estão o que fazer, o que resta fazer? Quanto a vocês não sei, mas eu vou continuar exercendo, no espaço que encontrar - nesse blog por exemplo - o conhecido popularmente( o pe. Osvaldo Carneiro Chaves e os grandes juristas dizem que nem a expressão nem a lei existem de fato )Jus Sperniandi: Direito de Espernear. É o que estou fazendo agora; esperneando contra tudo isso que acabei de ver, sentir e sofrer no box da Guanabara na rodoviária de Sobral. Tenho impressão que isso está acontecendo todo dia, com todos que procuram aquele serviço.
...Enquanto isso os blocos político-eleitorais já estão desfilando nas passarelas populares; e quanto mais coloridos, barulhentos, quanto mais alegorias e cartazes, santinhos, folders e muros pintados, mais parece que têm competência, seriedade e compromisso social.A mim eles nunca enganaram...
De qualquer maneira, pelo menos para as consciências independentes, a prática política e os cargos públicos eletivos ainda não viraram monopólio de um grupo ou oligarquia familiar. Qua façamos então, em 3 de outubro, escolhas analisando mais o conteúdo do que a forma dos dos nossos representantes.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Aplacando minha santa inveja...

Meu amigo particular, o grande homem de Deus monsenhor João Batista Frota definiu um dia que a inveja quando é santa deixa de ser pecado capital. E quando é que ela é santa? É quando o sentimento se manifesta não para torcer contra, para destruir ou desmerecer o invejado, ao contrário , o sentimento é de admiração e desejo confesso de querer ser igual em qualidades, inteligência, comportamento, caráter, etc.
Eu confesso: tenho santa inveja de quem escreve bem; como o jornalista Nelson Motta, por exemplo. Ele consegue dizer as coisas com simplicidade, com humor responsável, sem precisar ser prolixo/cansativo como eu.
Então, nessa nova tentativa de dinamizar meu blog e mantê-lo atual e atualizado com o mundo, vou copiar e colar muitas vezes textos que considere inteligentes, bem redigidos, consistentes e que, claro traduzam de alguma forma a indignação responsável que um dia (quase) desencanta Rui Barbosa; acho que nem ele, Rui, concordava com o que escreveu ( vide epígrafe do meu blog ).; nós também não, grande Águia de Haia.
Pois bem, ofereço-lhes abaixo um texto do Nelson Motta, um dos muitos que quer continuar discordando do momento de fraqueza do Rui.

Admirável Brasil novo

Por: Nelson Motta - O Estado de S.Paulo

Estamos vivendo a alvorada de uma nova era no Brasil, com grandes transformações econômicas e sociais, gerando novos significados para velhas expressões. E até novos conceitos filosóficos, como “minto, logo, existo”, como foi comprovado nos depoimentos das CPIs.

Atualmente, os empresários não querem mais ter lucro, eles só trabalham para gerar empregos. Os bancos e grandes empresas só pensam em salvar o planeta, pela sustentabilidade. As organizações não-governamentais são sustentadas pelo governo. Só falta o almoço grátis.

Modernizamos até mesmo provérbios universais consagrados pela sabedoria popular. As apavorantes galerias de fotos de nossas casas legislativas são o desmentido cabal de que as aparências enganam. Nas Comissões de Ética, ladrão que julga ladrão dá cem anos de perdão, e é mais fácil o Marcelo Camelo passar pelo buraco de uma agulha do que o STF condenar um parlamentar. Aqui se faz e aqui se apaga. No Brasil, o ladrão faz a ocasião, com emendas parlamentares e contribuições de campanha. Porque a liberdade deles começa onde termina a nossa.

Neste país, quem dá (dinheiro público) aos pobres, empresta aos seus, naturalmente eleitores. Contra fatos não há argumentos, só bons advogados e lobistas eficientes. Macacos velhos têm suas cumbucas em paraísos fiscais, dinheiro sujo não se lava em casa. São partidos, partidos, negócios à parte – a parte de cada um no negócio. Afinal, tudo vale a pena se a multa é pequena.

Como se vê no noticiário político, mentir e coçar é só começar, conversa mole tanto bate até que cola e CPI que é ladra não morde. Quem não mama, chora. Aqui, o barato não sai caro, no Senado sai de graça. O segredo é a lama do negócio.

No Brasil, tristezas não pagam dívidas de campanha, quando um burro fala os outros aplaudem, os cães ladram e a caravana é assaltada, e quando um não quer dois não roubam, chamam mais gente: os meios justificam os afins.
Aqui se dá a Lula o que é de Deus e a César, talvez, o Senado, porque Lula é a voz do povo e dá a bolsa conforme o eleitor. O príncipe é o sapo. Só espero que quem o voto fere, pelo voto seja ferido

Governador Cid: por que o senhor é assim?

Desde a pré-campanha ao governo do Ceará, logo que o primeiro amigo Tasso resolveu se apartar da dinastia FG, sua crítica mais ferrenha às ações administrativas do ex-aliado Cid Gomes se concentrou na questão da segurança e seu binômio proteção x prevenção. Tasso e seu candidato Marcos Cals criaram até o bordão "...a polícia que é para proteger não protege, mas a que "previne" com blitzes, prisões, apreensões de veículos, essa está acabando com os cearenses, em especial os motoristas mais pobres...". Eu não li isso em jornal ou blog nenhum não; eu ouvi da boca dos dois lá em Uruoca há uns 15 dias, quando da visita da comitiva do Serra - 45 ao Ceará.
Num primeiro momento dessas críticas, coincidentemente antes da primeira pesquisa de intenção de votos para o governo ser apresentada ao público pelo jornal O Povo, o Detran-CE e a secretaria de segurança - CPRV saíram em defesa das ações punitivas, multas, lei seca,...; em defesa enfim do cumprimento das leis. Nada mais acertado, afinal é tudo que se espera dos guardiões dos preceitos constitucionais e suas leis complementares: sua aplicação integral, isonômica e isenta, completamente, mesmo que isso possa "prejudicar" interesses , quaisquer que sejam eles.
Aí saiu a pesquisa; e olhe que a situação do governador quanto às intenções de voto ( ainda) é muito boa, convenhamos... Mas parece que acendeu-se no seu comando de campanha a luz amarela de alerta, pelo menos no que se refere a opinião popular, emocional apenas e nada racional sobre as multas, blitzes, lei seca etc. Será que o comando do governador está com medo de perder ( mais ) votos, a ponto de induzir negligência irresponsável aos operadores das leis do trânsito? Porque é exatamente isso que começou a acontecer em todo o Ceará. Não acreditam? Leiam abaixo a matéria do mesmo jornal O Povo - o da pesquisa - que copiei e colei para vocês.
Boa leitura!

O motorista atento já reparou: não se vê mais blitz do Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran). O órgão não nega nem confirma que as blitze estão suspensas, mas O POVO apurou com servidores do Detran que, desde o fim de junho, não é feita blitz para fiscalizar carros de passeio, o que inclui testes de alcoolemia, transportes alternativos ou uso de capacetes na Capital ou no Interior. Os servidores dizem que apenas a fiscalização da faixa de praia foi mantida.

“É verdade, não tem mais blitz. O agente de trânsito está de braço cruzado, não está exercendo sua função. Tem motorista cometendo infração até mesmo na entrada do Detran. O agente se sente desmoralizado, sem poder multar”, afirma uma servidora, acrescentando que os agentes realizam outros serviços na sede do órgão. Segundo ela, até o mês passado, havia blitz pela manhã e à tarde diariamente. A partir de quinta havia também à noite com bafômetro. Segundo ela, a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) não tem cedido policiais para acompanhar os agentes.

Outra servidora destaca que durante a Expocrato não houve blitz. “É uma festa que tem muita gente pegando estrada, muita gente bebe. Deveria ter fiscalização”. Para ela, a população já tem reparado. “O Detran estava fazendo um trabalho bem feito, com bafômetro. As pessoas já estavam se conscientizando. Se parar a fiscalização, voltam (a beber e dirigir) tudo de novo. A fiscalização é importante. É uma questão de segurança pública”, defende.

No microblog Twitter, na internet, há o perfil chamado LeiSecaFortal, onde os usuários avisam uns aos outros quando veem blitz em Fortaleza. Nas últimas semanas, houve comentários dizendo: “Faz tempo que não tem blitz na cidade”. Um grupo de taxistas ouvidos por O POVO confirma a informação.

De acordo com a assessoria de imprensa do Detran, durante as férias, o órgão tem priorizado a fiscalização na faixa de praia, no intuito de coibir o tráfego de veículos em áreas de banhistas. No entanto, o Detran não explicou por que as demais modalidades de fiscalização estão suspensas. Informou que as equipes conduzem o bafômetro, mas nos dois últimos fins de semana, nenhum condutor alcoolizado foi flagradonas praias. “Normalmente, os veículos estão parados de forma irregular, não existindo a figura do condutor para ser submetido ao bafômetro”, diz o órgão. O fato causa estranheza, já que os boletins semanais que o Detran costuma passar para a imprensa registram, em média, 100 flagrantes por fim de semana.

O coronel Túlio Studart, comandante da PRE, nega que exista recomendação para não ceder policiais para a realização de blitze fixas e garante que a fiscalização tem sido realizada por meio de viaturas em todas as CEs.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Inversão de Valores na Política

Desde que compreendi que a dinâmica da sociedade, para impactar na cidadania, sempre estará (e cada vez mais) "irremediavelmente" dependente da praxis política eleitoral, comecei a procurar dentre os nomes que se apresentavam como candidatos, aqueles que mais se aproximassem do conceito de político como sinônimo - pela analogia do radical grego polis, cidade - de cidadão. Fosse pelo seu passado, fosse pelo seu presente, fosse ainda pela sua formação cultural ou também e principalmente, pelo seu comportamento como ser social membro de uma COMUNIDADE sem castas, sem privilégios, sem protecionismos, sem atidudes escusas; um cidadão, enfim, foi o que sempre procurei e continuo procurando na hora de dar meu voto de confiança nas urnas.
Com a permissão de vocês para meu momento de imodéstia, por pelo menos 3 vezes (88, 2004 e 2008)não consegui achar ninguém com o perfil descrito naquelas eleições; aí eu mesmo me candidatei a vereador (88 e 2004) e a prefeito da minha cidade (2008). Nenhuma dessas candidaturas logrou êxito como os que me conhecem sabem... E eu fico me perguntando cada vez mais: os valores cidadãos que alguém quer emprestar à causa pública nunca interessaram ao eleitor? O que sempre fez a diferença e sempre fará é o poder financeiro ou quem indica e apoia seu nome, independentemente dos seus valores pessoais, suas idéias e projetos? Infelizmente, para quem já chegou aos 5.5, acho que não verei outra praxis na política que não essa que se configura na mais escancarada inversão de valores.
Pessoalmente, no entanto, não desisti da minha procura minunciosa por cidadãos para me representar nos poderes executivos e legislativos do nosso sistema de governo. Tanto é verdade que desde meses atrás tenho declarado abertamente meu voto no próximo 3 de outubro nos seguintes cidadãos:José Serra - 45 Pimentel Barroso - 135 Alexandre Pereira - 234 Lúcio Alcântara - 22 José Linhares Ponte - 1111 e José Teodoro Soares - 45045
Não acreditem em mim; não votem pelos meus conceitos; procurem vocês mesmos conhecer a história, o comportamento, as ações, o passado e o presente de cada um dos meus candidatos. Talvez vocês tenham agradáveis surpresas, além da sensação e do prazer de continuar escolhendo qualidade e caráter para lhes representar; e não contribuiremos para perpetuar o que vem acontecendo, principamente depois da era populista e messiânica barata do presiMENTE Lula.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Estado rico é outra coisa, não é mesmo Cid Gomes?

Sob fortíssimas suspeitas de casuísmo beneficiando amigo do poder, mesmo assim parece que a grande reforma do castelão, ao custo mínimo de R$ 400.000.000,00 ( quatrocentos milhões de reais )vai ser iniciada, garantindo assim Fortaleza como uma das 12 cidades - sede da copa do mundo de futebol de 2014.
Mesmo que esqueçamos as suspeitas de licitação fraudada, a verdade é que alguma grande empreiteira fará o "serviço" ao custo estimado astronômico já citado. Então o que podemos concluir é que tem dinheiro de sobra nas "burras" do Ceará e que, por outro lado, nós cearenses não somos carentes de mais nada a não ser do futebol das seleções.
Bem diferente da realidade do estado e da cidade de São Paulo, considerados por quem entende de economia, PIB, poder de endividamento, esssas coisas do economês, respectivamente o estado e a cidade mais ricos da federação. Pelo texto que vou lhes oferecer abaixo, copiado do site do jornalista Augusto Nunes, das duas uma: ou os paulistas estão falidos ou vai ver eles são administrados mais responsavelmente pelo seu prefeito Kassab e pelo governador Alberto Goldmann.
Só lembrando: Kassab e Goldman são homens públicos que cursaram a escola de bem administrar, e com transparência, do futuro presidente José Serra - 45.
Ao texto do Augusto Nunes

Governo Paulista deixa sem dormir a turma que sonha com os cifrões do estádio novo

O presidente Lula ofereceu-se nesta segunda-feira para tratar de um problema resolvido cinco dias antes pelo governador Alberto Goldman. “Estou disposto a entrar nessa conversa sobre a participação de São Paulo na Copa de 2014″, ofereceu-se o palanqueiro que, segundo a FIFA, até agora não fez nada do que prometeu há três anos. Lula está liberado para cuidar desse débito colossal: não existe nenhuma roda de conversa à espera de quem fala muito e pouco faz. Foi desfeita no momento em que Goldman informou que não seriam investidos sequer 10 centavos de dinheiro público na construção de um novo estádio.

É o que o governador guardou para dizer nesta manhã, numa reunião no Palácio dos Bandeirantes, ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e ao ministro do Esporte, Orlando Silva. O anfitrião e o prefeito Gilberto Kassab têm prioridades bem mais relevantes a atender. Ambos entenderam que é extorsivo o preço a pagar pelo ingresso no clube das cidades-sedes. São Paulo não precisa da Copa. A Copa é que precisa de São Paulo.

Se a CBF e a FIFA se derem por satisfeitas com o Morumbi reformado ou com o Pacaembu expandido, ótimo. Se acharem que isso é insuficiente, estejam à vontade para promover o jogo de abertura em outras paragens, programar para a maior metrópole do país partidas menos relevantes ou mesmo excluir São Paulo de vez do mapa da Copa. Porque as opções param por aí. O elefante branco não virá.

Para aflição da turma dos contratos sem licitação, das comissões milionárias, dos canteiros de obras transformados em viveiros de larápios, Lula e Ricardo Teixeira enfim encontraram um interlocutor altivo. Orlando Silva e seus sócios não encontraram outro cúmplice ativo. Os que sonham com os cifrões do estádio novo vão ficar sem dormir.

terça-feira, 20 de julho de 2010

O Projeto Ficha Limpa e os "Ficha Suja"

O recente projeto de iniciativa popular aprovado pelo congresso teve como relator o deputado federal do DEM do Rio de janeiro Índio da Costa, agora candidato a vice presidente na chapa do José Serra. O simples fato dele ter sido o relator do projeto ficha limpa já me faz admirá-lo e ver nele qualidades morais e cidadãs anos-luz à frente do candidato a vice da Dilma Roussef ( ou Dilma do Chefe ).
Mas me desviei do que queria comentar, desculpem-me.
O que eu queria comentar, e me admirar, é sobre a leniência e total passividade da justiça elitoral frente aos repetidos atos "lesa constituição" perpetrados pelo maior ficha suja do país, o presimente LULA e sua boneca ventríloca.
E o que a justiça tem feito? Aplicou exatas 6 multas financeiras para cada, com valores que mais lembram troco para cuecas cheias de dólares da quadrilha do mensalão.
É muito grande, e grave, o risco que o Brasil está correndo, com a possibildade da eleição dessa ficha suja ao cargo público mor do país; se como mortal comum ela não respeita as leis, estimulada pelo molusco, que também é um fora da lei, o que poderemos esperar com essa mulher depois de subir a rampa do planalto, monitorada e teleguida que será por outras figuras, donas não de curriculos mas sim de folhas corridas, como Zé Dirceu, Genoíno, Marco Aurélio Garcia, ...
Só existe um antídoto eficaz contra esse veneno: José Serra - 45.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

E os mortais comuns, como ficamos?

O jornal O Povo divulgou hoje a primeira pesquisa sobre intenção de votos para governador do Ceará, realizada pelo idôneo instituto datafolha; nada a questionar, se é que os adversários do sr. Cid Gomes querem fazê-lo, muito embora sempre possa se afirmar, o que é verdade, que pesquisa é uma fotografia do momento. Portanto muita coisa pode mudar e os ventos passarem a soprar em favor dos outros candidatos, conferindo-lhes números mais agradáveis numa outra avaliação.
Não sou eleitor do sr. Cid Gomes; aliás já não era há 4 anos, em 2006, quando já conceituava o dr. Lúcio Alcântara como o nome mais capaz para continuar administrando o Ceará. E agora estou ( como de resto todos os cearenses amantes da democracia e do direito ao contraditório ) tendo a oportunidade de escolher o meu governador de novo: Lúcio Gonçalo de Alcântara - 22.
Os caminhos a ser percorridos e os obstáculos, legais alguns, outros nem tanto, a ser transpostos pela campanha do dr. Lúcio são desafios hercúleos. Um deles é a relação subserviente e promíscua do parlamento cearense com o executivo-candidato. Basta citar a manobra mesquinha e covarde da base de apoio do sr. Cid Gomes ao instalar 2 CPIs ao mesmo tempo, com objetivos menores a ser investigados, mas que impediram, por norma regimental, que a CPI do Castelão fosse reconhecida e começasse a funcionar(investigar)em defesa da transparência e da melhor aplicação do dinheiro público em obras de infra-estrutura que impactassem positivamente na qualidade de vida da sociedade.
Pois bem, a CPI do castelão morreu antes de nascer oficialmente; as CPIs da manobra dos deputados-asseclas ( Roberto Cláudio - PHS e Nelson Martins - PT , gravem esses nomes )não chegarão a conclusão nenhuma, mas cumpriram sua função: blindaram (mais uma)ação no mínimo nebulosa do executivo-candidato: a licitação da reforma do Castelão para a copa 2014, beneficiando uma construtora amiga do rei.Com essas e outras atitudes eleitoreiras e populistas, mesmo que desrespeitosas com a coisa pública de fato, o que configura improbridade administrativa passível de impeachment, a candidatura do sr. Cid Gomes segue , por enquanto ao menos, voando em céu de brigadeiro; e o povão, mera massa de manobra, batendo palmas; afinal teremos jogos da copa de 2014 bem pertinho da gente, e isso é tudo. Que o digam os sul-africanos conterrâneos de Mandela.
Mas, e para nós, os mortais comuns... comuns mas não tolos nem inocentes, o que vão nos explicar os senhores Roberto Cláudio, Nelson Martins e seus pares, e principalmente o governador-candidato Cid Gomes? Porque não se enganem vocês, deputados e governador: o fato de que a licitação do castelão não vai ser investigada não diminui em nada a (forte) suspeita de irregularidades e irresponsabilidades no trato com o erário por parte e pelos atos de vocês.
Nem que eu seja o único, vou continuar desconfiando disso tudo. E continuar protestando com o meu voto no dr. Lúcio Alcântara.

E os mortais comuns, como ficamos?

domingo, 18 de julho de 2010

Brasil : VIII x LXXXV

O senador Cristóvam Buarque de Holanda, do PDT de Brasília, comentou recentemente numa entrevista sobre a ( falta de) consciência para os reais problemas que nos afligem: "... a seleção de futebol do Brasil ficou em oitavo lugar na copa do mundo e presenciamos uma comoção nacional, do presidente da república ao mais jovem índio xingu do alto Amazonas; enquanto isso estamos classificados em octogésimo quinto lugar no ranking mundial da qualidade da educação, e não se ouve nem se lê, nem se vê qualquer manifestação, por mínima que seja, de nenhum de nós; em especial dos governantes da nação..."
No presente julho de 2010, já atrasados segundo o cronograma determinado pela multinacional bilionária FIFA, estamos ( governo federal e 12 estaduais sedes )começando a gastar irresponsavelmente bilhões de reais que irão encher mais e mais as burras das grandes empreiteiras, qualificadas ou não - aqui no Ceará há muitas interrogações quanto ao processo licitátório beneficiando empresa de um amigo do rei -, sem que o resultado final a médio e longo prazo venha trazer transformações impactantes na melhoria da qualidade de vida do tecido social; como na educação, por exemplo.
Sobre o tema copa do mundo, seus benefícios, custos e outros parâmetros analisáveis, vou colar abaixo um texto do jornal o Estado de São Paulo, edição deste fim-de-semana

Fim da Copa devolve África do Sul à sua realidade

Governo sul-africano volta a se preocupar com ataques xenófobos, desemprego e desigualdade social crescente

Estadão.com.br

Poucas horas depois de Iker Casillas levantar a taça de campeão do mundo, há exatos sete dias em Johannesburgo, o governo sul-africano ordenava que tropas ocupassem algumas das regiões mais miseráveis da cidade para frear uma tensão latente de ataques xenófobos contra imigrantes estrangeiros.

No dia seguinte, funcionários de empresas de energia confirmavam a intenção de entrar em greve.

Passada a euforia, milhões de cidadãos continuavam desempregados e a África do Sul voltava à sua dura realidade.

Depois que o circo da Copa do Mundo deixou o país, ficaram a pobreza, a aids, a violência, a desigualdade social e, principalmente, uma divisão profunda entre os líderes sobre qual deve ser o projeto de país para a África do Sul.

Para o mundo exterior, o presidente Jacob Zuma usou a Copa para mostrar uma nova imagem da África do Sul, capaz de realizar grandes eventos.

Seu governo não esconde que quer receber os Jogos Olímpicos de 2020 e, principalmente, um lugar no Conselho de Segurança da ONU.

Sem poder calcular os ganhos reais do Mundial, Zuma optou por um discurso ambíguo. "Não há preço para o que ganhamos ao abrigar essa Copa."

(...) Dados oficiais mostram que o custo da Copa foi multiplicado por 11 entre 2004 e 2010. Segundo um grupo de ONGs locais, o dinheiro usado para o Mundial pelo governo seria suficiente para construir casas para 12 milhões de sul-africanos que vivem em favelas.

Do outro lado, a Fifa arrecadou US$ 3,2 bilhões em renda com o evento e sem pagar um centavo sequer em impostos ao país sede.

Para o CEO da Copa, Danny Jordaan, ver o Mundial dessa maneira é uma "prova de miopia". "No longo prazo, todos vão ganhar", garantiu.

O escritor sul-africano Rian Malan é de outra opinião. "A Fifa encorajou o governo a gastar bilhões que não tínhamos em estádios que não precisamos. Agora, infelizmente, ficaremos com dívidas por anos", disse.

Estou Voltando (mais uma vez)...

Ontem me encontrei num evento político - o lançamento da candidatura à reeleição do deputado Professor José Teodoro Soares - com um grande amigo,o Herculano Costa. E ele me "cobrou" presença mais atuante e contínua na blogosfera.
Fiz ver a ele minhas dificuldades para postar mais frequentemente (nova ortografia - sem trema ) já que não consigo ser econômico quando escrevo; então minha prolixidade, além da cobrança quase militaresca que faço sobre mim mesmo quando escrevo, findam demandando muito tempo, e muitas vezes ele ( o tempo ) tem me faltado, mercê das minhas atividades profissionais primeiras. Daí esses grandes hiatos entre uma (série) de postagens e outras. antes de hoje, por exemplo, só lá no já distante abril foi que escrevi pela última vez neste espaço.
Mas vou tentar ser mais assíduo meu amigo Herculano. Quem sabe outras cobranças sinceras e interessadas como a sua me estimulem para o prazer de redigir, de escrever. E esse é um prazer que compartilho com você, um intelectual de qualidade; com o Zé Alberto Dias Lopes, com o Lucídio Mesquita e com outros que , com frequencia ( sem o trema )ou não, queremos fazê-lo ( escrever) , mas com responsabilidade, vigilantes e atentos às regras gramaticais e ortográficas vigentes, em respeito ao leitor e ao conhecimento conquistado nos exemplos e sabedoria de mestres como Osvaldo Carneiro Chaves, Maria das Graças Ponte, Anízia Rocha... E também para não virarmos notícia em tom de crítica (peretinente no caso ) nos escritos de total qualidade vernacular do bamba ( é o novo ! ) da comunicação, seja na rádio ressurreição, seja no jornal Correio da Semana - Coluna Poucas e Boas: meu (outro) grande amigo, de quem sou admirador confesso, Artemísio da Costa.
Estou de volta, portanto, ao mundo dos blogs. Espero poder contribuir, mais que o contrário, para um mundo mais democrático, transparente, justo socialmente, através das minhas opiniões ( e de outros que porventura postarei aqui ), e através também, é claro, da interação com os leitores eventuais do Discordando do Rui.
Para os que porventura acharam pretensioso demais meu desejo de contribuir acima relatado fica a lembrança do verdadeiro papel que a mídia pode ( e deve ) exercer, além de entreter e informar:o de também contribuir na formação da consciância cidadã.