sábado, 20 de março de 2010

Louco?! Talvez... Burro, jamais!

As mais recentes atitudes e palavras do ex-deputado cearense Ciro Gomes-PSB, atirando diretamente contra seus aliados de sempre ( ou contra quem ele sempre se aliou nos últimos tempos ), particularmente o PT e o PC do B, para um observador menos arguto pode parecer loucura e irresponsabilidade. Até mesmo desespero por ver ruirem muito rapidamente seus planos de receber apoio desses mesmos aliados ao seu projeto de candidatura presidencial.
Para os que conhecem mais de perto a trajetória política de Ciro, no entanto, consegue-se vislumbrar um objetivo bem definido como alternativa à candidatura presidencial: o de permanecer no "stabilishment" do país, mesmo que indiretamente. Porque burro ele não é, além de absolutamente pragmático e nada ideológico, como prova sua permanência, enquanto interessante apenas, em pelo menos 6
partidos políticos, começando sua "militância" na velha ARENA da ditadura, passando pelo PDS, PMDM, PSDB, PPS e agora no PSB... Ufa, cansei de tanto escrever sigla.
Pois bem, senhores (pouco) leitores, parece que há mais gente que interpreta as "loucuras" do Ciro como intencionais e pragmáticas, o que não tem de nada de pouco inteligente. O Antropólogo Antônio Mourão Cavalcante assina um artigo sobre o tema na edição do jornal O Povo de hoje, 20/03. Para quem não leu direto no jornal, pode lê-lo abaixo

Unindo os Pontos
por Antônio Mourão Cavalcante

Quando era criança tinha um desenho muito divertido. Consistia em juntar os pontos. Ligava-se o número um ao dois, o dois ao três & e, no final, tinha-se uma surpresa com o que era formado. A política é mais ou menos assim. A gente vai juntando e consegue desvendar coisas.

Primeiro ato. Tasso Jereissati encontrou-se com Ciro Gomes e tiveram uma longa conversa. Político que se preze, hoje, não fala nada sério ao telefone. Foram a Minas e lá se acertaram.

Segundo ato. Tasso vem ao Ceará. Foi coberto de gentilezas pelo governador Cid. “Tasso é o maior político do Ceará!“ Retribuindo, Tasso disse que seria uma boa para o Ceará, a reeleição de Cid. Em São Paulo, Ciro começava a detonar o PT. Informou que não fala com Zé Dirceu, porque ele está sub judice. Por aqui, surge o affair estaleiro. Luizianne, presidente do PT-CE e prefeita, de um lado. Cid, do outro, pregando as virtudes da obra.

Terceiro ato. Em Sobral, Tasso e Cid quase selam um acordo. Ciro chuta o pau da barraca e afirma: “o PT de São Paulo é um desastre.“ De pronto, Eduardo Campos, presidente do PSB, desautoriza Cid dizendo: “É um erro tratar dessa forma um partido aliado“. Ingenuamente, pergunto: aliado de quem? Estes pontos interligados permitem a gente avançar o desenho. Não será surpresa, se Ciro der adeus de vez. Dir-se-á enojado da política e dos políticos e não será candidato a nada. Virá ao Ceará ajudar o irmão & por ser irmão! & e outros correligionários do peito. Cid estará livre para conduzir seu próprio destino.

Ficará aberta, ou melhor, escancarada a porta para o acordão: Tasso (PSDB) com Cid (PSB) e os partidos que queiram vir. No plano nacional, do jeito que vier está bom. Óbvio 1: para Cid o mais importante é ser reeleito governador. Óbvio 2: para Tasso o melhor será a reeleição ao Senado. Nem surpresa, igualmente, se Cid vier a bancar o palanque Serra no Ceará.

Juntando os pontos é isso que se vê. Nos búzios, pode ser que dê outra coisa.

Sobre o democrata Lula, o presimente do Brasil

Eu não sei com alguém ( o próprio Lula e seus asseclas mais próximos ) pode imaginar a possibilidade de um boquirroto como ele, o cara , pleitear o Nobel da Paz.
Ainda mais depois das recentes sandices internacionais cometidas em busca dos holofotes do mundo e de uma cadeira no conselho de segurança da ONU. A mais impactante e decepcionante de todas elas, até para os apaniguados do poder ( e do PT , o que é mesma coisa ) foi a sua ( dele Lula ) atitude covarde frente às manifestações pró-libertação dos presos políticos cubanos.
Vejam no vídeo do youtube como o "cara" tem sido tratado pelo mundo político internacional

http://www.youtube.com/watch?v=GlhlKKKXj5Q&feature=player_embedded#

sexta-feira, 19 de março de 2010

Vocês lembram dos custos com os carros da segurança do Ceará?...

...Pois é, parece que não está resolvendo muito não.


O número de homicídios no Ceará aumentou, segundo Roberto Monteiro, titular da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social. Em janeiro, por exemplo, execuções sumárias registraram 69% de aumento, se comparado a janeiro de 2008.

Enfim, voltou a chover, no dia de São José!

Em respeito à fé do sofrido povo nordestino, na crença em São José como o "porteiro das águas dos céus", ofereço-lhes abaixo a letra de uma música antiga de Luiz Gonzaga chamada São João do Carneirinho.

São João Do Carneirinho



Eu plantei meu milho todo no dia de São José
Se me ajuda a providência, vamos ter milho à grané
Vou "coiê" pelos meus "caico"(cálculo)
20 espiga em cada pé
Pelos "caico" (cálculo) eu vou "coiê"(colher) 20
espiga em cada pé
Ai São João, São João do Carneirinho
Você é tão bonzinho
Fale com São José, fale lá com São José
Peça Pra ele me ajudar
Peça pra meu milho dá
20 espiga em cada pé.

terça-feira, 16 de março de 2010

Estado rico é outra coisa...

Em que pese o fato e não boato, que as próprias estatísticas do governo do Ceará vêm mostrando, de que (ainda) não houve a curva ascendente no quesito segurança pública, os gastos com a secretaria do sr. Monteiro "gravatinha", principalmente no que concerne à manutenção das Hilux, têm causado um certo desconforto, pra não dizer irritação e indignação, aos cidadãos-contribuntes. Afinal o que deveríamos esperar era um retorno de qualidade dos serviços públicos à altura e de valor monetário compatível com primeiro mundo.
Quem quiser pode ler no blog do eliomar - www.blogdoeliomar.com.br - Entre fevereiro de 2008 e dezembro de 2009 o Ceará gastou só com manutenção dos carros Hilux pasmem, aproximadamente R$ 20.000.000,00 ( vinte milhões de reais ).
Me diga lá alguém: com muito menos do que isso o Cafifa e o Caucaia aqui em Sobral botavam nos "trinques" qualquer carro,se fossem os de marca nacional.
Mas isso é pra estado pobre... no Ceará não tem disso não, meu filho.
Qualquer semelhança com caixa-dois - o PT criou a expressão "recursos não contabilizados" para esse tipo de imoralidade - não será mera coincidência. Pelo menos para mim.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Lula , o "cara"... de pau

As mais recentes declarações do presimente Lula sobre a ditadura cubana e seus presos políticos, comparando-os a criminosos comuns, surpreenderam negativamente, mesmo aos adoradores de plantão da figura ridícula, arrogante, mentirosa e de perfil ditadorial absolutista dessa figura cada vez mais execrável que ora ocupa (?) a cadeira presidencial em Brasília.
Diferentemente do molusco, no entanto, parece que ainda há ( sim, claro que ainda há ...) governantes de elevada estatura moral que respeitam sobretudo os estados democráticos de direito ( onde os há), seus valores e normas de convivência democrática, sobretudo às que priorizam a dignidade do homem, e à vida , maior dom Divino oferecido à humanidade. O presidente da Costa Rica, Nobel da Paz, sr. Oscar Arias, é um deles, certamente.
Vejam abaixo a diferença abissal entre o posicionamento e pronunciamentos do sr. Arias e os do apedeuta sobre a questão de Cuba...


O Estadista e um chefe de quadrlha
Por Augusto Nunes - Veja

Traídos pela indiferença ultrajante do Itamaraty, afrontados pela infame hostilidade do presidente da República, presos políticos cubanos e dissidentes em liberdade vigiada endereçaram ao presidente da Costa Rica o mesmo pedido de socorro que Lula rechaçou. Fiel à biografia admirável, Oscar Arias nem esperara pela chegada do apelo (que o colega brasileiro ainda não leu) para colocar-se ao lado das vítimas do arbítrio. Já estava em ação ─ e em ação continua.

Neste sábado, Arias escreveu sobre o tema no jornal espanhol El País. O confronto entre o falatório de Lula e trechos do artigo permite uma pedagógica comparação entre os dois chefes de governo:

LULA: “Lamento profundamente que uma pessoa se deixe morrer por fazer uma greve de fome. Vocês sabem que sou contra greve de fome porque já fiz greve de fome”.
ARIAS: “Uma greve de fome de 85 dias não foi suficiente para convencer o governo cubano de que era necessário preservar a vida de uma pessoa, acima de qualquer diferença ideológica. Não foi suficiente para induzir à compaixão um regime que se vangloria da solidariedade que, na prática, só aplica a seus simpatizantes. Nada podemos fazer agora para salvar Orlando Zapata, mas podemos erguer a voz em nome de Guillermo Fariñas Hernández, que há 17 dias está em greve de fome em Santa Clara, reivindicando a libertação de outros presos políticos, especialmente aqueles em precário estado de saúde”.

LULA: “Eu acho que a greve de fome não pode ser utilizada como pretexto para libertar pessoas em nome dos direitos humanos. Imagine se todos os bandidos presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade”.
ARIAS: “Seria perigoso se um Estado de Direito se visse obrigado a libertar todos os presos que decidirem deixar de alimentar-se. Mas esses presos cubanos não são como os outros, nem há em Cuba um Estado de Direiro. São presos políticos ou de consciência, que não cometeram nenhum delito além de opor-se a um regime”.

LULA: “Temos de respeitar a determinação da Justiça e do governo cubanos”.
ARIAS: “Não existem presos políticos nas democracias. Em nenhum país verdadeiramente livre alguém vai para a prisão por pensar de modo diferente. Cuba pode fazer todos os esforços retóricos para vender a ideia de que é uma “democracia especial”. Cada preso político nega essa afirmação. Cada preso político é uma prova irrefutável de autoritarismo. Todos foram julgados por um sistema de independência questionável e sofreram punições excessivas sem terem causado danos a qualquer pessoa”.

LULA: “Cada país tem o direito de decidir o que é melhor para ele”.
ARIAS: “Sempre lutei para que Cuba faça a transição para a democracia. (…) O governo de Raúl Castro tem outra oportunidade para mostrar que pode aprender a respeitar os direitos humanos, sobretudo os direitos dos opositores. Se o governo cubano libertasse os presos políticos, teria mais autoridade para reclamar respeito a seu sistema político e à sua forma de fazer as coisas”.

LULA: “Não vou dar palpites nos assuntos de outros países, principalmente um país amigo”.
ARIAS: “Estou consciente de que, ao fazer estas afirmações, eu me exponho a todo tipo de acusação. O regime cubano me acusará de imiscuir-me em assuntos internos, de violar sua soberania e, quase com certeza, de ser um lacaio do império. Sem dúvida, sou um lacaio do império: do império da razão, da compaixão e da liberdade. Não me calo quando os direitos humanos são desrespeitados. Não posso calar-me se a simples existência de um regime como o de Cuba é uma afronta à democracia. Não me calo quando seres humanos estão com a vida em jogo só por terem contestado uma causa ideológica que prescreveu há anos. Vivi o suficiente para saber que não há nada pior que ter medo de dizer a verdade”.

Oscar Arias é um chefe de Estado. Lula é chefe de uma seita com cara de bando. Arias é um pensador, conhece a História e tenta moldar um futuro mais luminoso. Lula nunca leu um livro, não sabe o que aconteceu e só pensa na próxima eleição. Arias é justo e generoso. Lula é mesquinho e oportunista. Arias se guia por princípios e valores. Lula menospreza irrelevâncias como direitos humanos, liberdade ou democracia.

O artigo do presidente da Costa Rica, um homem digno, honra o Nobel da Paz que recebeu. A discurseira do presidente brasileiro, um falastrão sem compromisso com valores morais, tornou-o tão candidato ao prêmio quanto Fidel, Chávez ou Ahmadinejad. A colisão frontal entre o que Lula disse e o que Arias escreveu escancarou a distância abissal que separa um político sem grandeza de um estadista.