sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Em Defesa da Eleição do Serra 45 - Capítulo VII - Por que não votar na Dilma?

Este capítulo vai apenas lhe apresentar um endereço eletrônico:


www.dilmaporquenaovotar.com.br


Analisem o que vocês encontrarem no site!

Em Defesa da Eleição do Serra 45 - Capítulo VII - Opiniões x Opiniões

Olá, meus caros!
Faz 3 dias que não vinha conseguindo nem sentar na frente do computador; estou com uma "crise de rins" que literalmente me derrubou na cama. Hoje estou bem melhor, graças a Deus, e depois que recebi a orientação médica do meu amigo Dr. Severino, assim que me senti melhor, pronto: estou eu aqui escrevendo alguma coisa. Mais uma vez, no entanto vou apenas colar uma "troca " de correspondência entre os autores e cantores famosos da MPB Aldyr Blanc, eterno parceiro de João Bosco e Guttemberb Guarabira, que fez ( ainda faz?) parceria desde sempre com o músico ? Sá, na dupla Sá e Guarabira: ... sou caipira pira pora, nossa senhora de Aparecida...

Às correspondências...

Carta de Aldir Blanc Mendes:

Pilatos já não pode se lavar com sabonte verde;é o que Marina e o PSOL estão“pensando”. Os que morrem de fome, de pancada, os que foram torturados e mortos, esses não tiveram esse confortável tempo para optar. A reação, desde a Comuna de Paris, desde os Espartaquistas, sempre matou mais rápido, enquanto gente do “Bem” pensava…


Votem em Dilma ─ ou regridam às privadizações (sic) selvagens, à perda da Petrobras, ao comando do latifúndio, dos ruralistas, dos banqueiros, de todas s forças retrógradas do país, incluindo os torturadores.
Aldir Blanc Mendes

Resposta de Guttemberg Guarabyra:

Pô, meu caro, tá certo que você vote em Dilma ou em qualquer candidato de sua predileção. Está inclusive correto que você, figura de projeção nacional, tente ajudar sua candidata esclarecendo às pessoas que lhe querem bem, o admiram e o respeitam sobre os motivos que o levam a votar em sua candidata e, com isso, quem sabe, conseguir influenciar na decisão de voto do seu público.

Mas é inadmissível, pelas mesmas razões acima descritas, ou seja, pelo fato de ser uma figura de projeção nacional e de ter pessoas que lhe querem bem e o respeitam, que você minta ao tentar influenciá-las.

Em primeiro lugar porque na introdução do seu pedido de ajuda à candidata de sua predileção, você procura confundir seu público ao sutilmente sugerir que o candidato Serra, que faz oposição à sua predileta, faz parte de um grupo favorável à fome, à tortura e à pancada, quando na verdade sempre fez parte do grupo contrário a isso tudo. Aliás, a última manifestação a favor de pancada foi do presidente Lula, anteontem, ao proclamar no Rio de Janeiro que “a polícia bate em quem deve bater”, outorgando à polícia o mesmo poder que a ditadura a ela conferiu e que resultou na índole de cruel desrespeito aos direitos civis herdada pelas forças de segurança de hoje. Como se não bastasse, o presidente que você quer ver sucedido na figura de sua candidata predileta, ainda acrescentou: “Não vamos mandar a polícia apenas para bater”. Como você vê. O lado da pancada indiscriminada é coisa do lado de sua candidata, e não da oposição que você de maneira covarde tenta desqualificar.

Quem é você para falar dos torturados e mortos sendo covarde?

E sendo mentiroso. Ao afirmar que votar em Dilma é apoiar privatizações selvagens, a verdade, o fato, é que as privatizações consolidaram a correção de nossa economia e proporcionaram um Brasil mais moderno, com um sistema de telecomunicações exemplar, milhões de celulares á disposição de nossa população, a Embraer nos projetando como uma nação capaz de desenvolver uma indústria de fabricação de aviões de alta tecnologia, uma Vale do Rio Doce, que antes só dava prejuízo e não passava de pesado cabide de empregos públicos hoje se apresentando como uma das maiores indústrias mineradoras do planeta e fonte de progresso e empregos para milhares de trabalhadores.

Se as privatizações ’selvagens’ não serviram ao Brasil, responda por que razão elas não foram então desfeitas durante os oito anos em que o governo de sua candidata predileta esteve no poder.

Ia dizer que você deprecia os ruralistas por preconceito. Mas prefiro acreditar que seja por falta de informação, já que o Brasil é líder no comércio internacional do agronegócio e produz emprego em massa no campo graças aos ruralistas. E isto, ao contrário do que prega o PT e desinformados como você, só favorece à população. Até mesmo seu líder já se dobrou a essa realidade e durante todo o seu mandato cuidou de vender para o comércio exterior um dos orgulhos da indústria ruralista, o etanol. Ou seja, você se encontra atrasado até mesmo em relação à política seguida pelo mentor de sua candidata.

E termina colocando num mesmo caldeirão todas essas forças progressistas tachando-as na cara de pau como retrógradas e numa forçação de barra impossível de ser superada escreve: “incluindo os torturadores”.

Ora meu caro, na boa, eu sinto muitíssimo que você, um talento, um poeta, uma figura nacional tenha vindo a público para declarar tamanho desvario. Ou você mudou muito ou já houve tempos em que esteve mais lúcido e mais inteligente.

Ass.: Guttemberg Guarabyra

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Em defesa da Eleição do Serra - Capítulo VI - Voltei a ser Militante

Os que me conhecem sabem que desde há muito me interessam a política partidária e o exercício dos cargos públicos. Mas, de 2008 para cá, por muitos motivos pessoais ( e não vou importunar ninguém elencando-os ) tenho sentindo uma certa aversão, às vezes nojo mesmo, por tudo que se refira a política e políticos em geral.
O atual momento político me acordou! Voltei a ser militante. O porquê?

Respodo a este questionamento transcrevendo o artigo abaixo que acabei de ler na internet. Leiam todos os fatos que motivaram o autor a voltar a fazer militância (em favor do Serra 45 )como sendo os meus motivos também. Com uma diferença apenas: enquanto ele se mostra decepcionado com o próprio conceito de sua militância em favor do PT e seus políticos eu me confesso com vergonha de mim mesmo por ter chorado infantilmente de alegria, nas ruas de Sobral, no passado 27/10/2002, quando o Lula ganhou sua primeira eleição presidencial.

Ao texto, meus amigos...

Militante, só nestas eleições!

Ethevaldo Siqueira
6 de outubro de 2010

Virei militante, só nestas eleições, nesta altura de minha vida. Com mais de 70 anos, simplesmente não me acomodei. Graças a Deus, tenho saúde e paixão pelo que faço. Meu ritmo de atividade ainda é intenso: trabalho de 10 a 12 horas por dia. Enquanto tiver saúde, não me aposentarei: quero morrer escrevendo. Nas últimas semanas, apenas mudei o conteúdo de trabalho.

Virei militante cívico e político, só nestas eleições, porque acredito na possibilidade de um novo Brasil. Por isso, arregaço as mangas para que esse sonho se realize. Não esperei de braços cruzados o resultado do primeiro turno destas eleições gerais nem vou esperar, sentado, a chegada do segundo turno. Virei militante. E vou dizer por quê.

Virei militante, só nestas eleições, para tentar impedir que o PT transforme o Brasil em sua propriedade exclusiva ou das piores oligarquias deste País. E para quem não sabe, confesso que tenho saudade daquele PT que vi nascer, que repudiava a corrupção. Não fui fundador do partido, mas gostava de sua proposta a ponto contribuir financeiramente para que ele se consolidasse em seus primeiros anos, como poderá testemunhar uma petista histórica, a jornalista Lia Ribeiro Dias. Aquele PT, puro e idealista, morreu, corrompido pela sede de poder. Muito antes da saída de Hélio Bicudo, de Ferreira Gular, de Plínio Sampaio e de tantos outros, eu já havia me desencantado com o PT, com seu oposicionismo cheio de ódio e de hipocrisia, até os anos 1990. Depois da vitória de 2002, tudo mudou. A partir do mensalão, em 2005, eu concluí que esse partido não é igual aos demais: é muito pior.

Virei militante, só nestas eleições, com o propósito único e claro de obter mais alguns votos para José Serra. Mesmo que seja apenas meia dúzia de votos. Para consegui-lo, tenho falado, desde o primeiro turno, com dezenas de amigos, vizinhos, gente conhecida e desconhecida, dos mais próximos aos mais distantes, sem brigar, sem ofendê-los, apenas mostrando fatos e pedindo que reavaliem as razões de seu impulso inicial em favor de Dilma. Faça o mesmo, meu amigo. Consiga mais meia dúzia de votos. Assim, a vitória de Serra não será apenas possível ou provável: será certa.

Virei militante, só nestas eleições, nesta altura de minha vida, para levar minha palavra a todos os brasileiros que considero honestos, idealistas e patriotas, para que eles conheçam melhor e consolidem sua preferência por Serra. Batalhei no primeiro turno e tenho certeza de que ajudei a eleger alguns candidatos de ficha absolutamente limpa, para governador, deputados estaduais, deputados federais e senador. Distribuí santinhos e até colinhas completas, depois de horas de doutrinação, sem brigar nem coagir ninguém, dialogando com todos que “têm ouvidos de ouvir”.

Virei militante, só nestas eleições, porque só penso no Brasil. Já vivi bastante e não tenho ambições ou aspirações políticas. Quero apenas morrer num país realmente democrático, um país mais justo e mais desenvolvido do que o de hoje. A todos que me perguntam que “outras razões” teria eu para tanto empenho, digo-lhes ainda que não tenho reivindicações corporativas, não ambiciono cargos, nem concessões estatais, nem favores de qualquer espécie.

Virei militante, só nestas eleições, para que o Brasil seja conduzido por um presidente da República experiente, sério, capaz, culto e, principalmente, por seu passado absolutamente limpo, sem qualquer envolvimento em corrupção ou negociatas.

Virei militante, só nestas eleições, para que o Brasil se transforme um dia nesse país de meus sonhos. Como já disse noutro artigo, quero viver em um Brasil onde o bandido não tenha mais direito nem mais proteção do que suas vítimas. Quero viver num país sem impunidade, sem leis bastardas que reduzem sempre e cada vez mais as penas dos piores delinquentes, em progressões vergonhosas, para que o criminoso mais cruel volte logo a matar, roubar e estuprar. Um país com leis duras e implacáveis com todos os corruptos e prevaricadores. Um país que não faça valer os direitos humanos apenas em benefício de assassinos, ladrões e malfeitores.

Virei militante, só nestas eleições, porque tenho certeza de que José Serra, como presidente da República dará tratamento prioritário à educação e valorizará o professor e a criança. Porque, com ele, o País investirá muito mais em pesquisa, em ciência, em saúde pública, em preservação da natureza e no desenvolvimento sustentável. Porque este País irá privilegiar o mérito, o trabalho, a honestidade, a dedicação, a fidelidade e o cumprimento dos deveres fundamentais do cidadão.

Virei militante, só nestas eleições, porque tenho certeza que Serra jamais ameaçará a liberdade de imprensa de meu País com mordaças, censura, ou supostos controles sociais.

Virei militante, só nestas eleições, porque quero viver num País que incentive e dê todo apoio aos cidadãos de baixa renda e aos portadores de deficiências, para que eles possam superar suas limitações e alcançar a qualidade de vida que todos merecem.

Virei militante, só nestas eleições, porque não suporto mais os impostos escorchantes – que a maioria do povo nem sabe que está pagando. Reitero: não quero mais viver num País com impostos escandinavos e serviços públicos africanos. Num país em que os juros reais para o consumidor chegam a 60% ao ano e, no cheque especial, a 170%.

Virei militante, só nestas eleições, porque não suporto mais viver num país dominado pelo empreguismo e pelo nepotismo. Num país cujo Estado está sendo aparelhado, dominado e corroído por cupins, mensaleiros, petralhas, corruptos. Um País cujo Estado perdeu sua capacidade de investir de forma expressiva em infraestrutura, em fomentar o desenvolvimento econômico e social, a preservação da natureza e assegurar um futuro mais promissor a nossos filhos.

Virei militante, só nestas eleições, porque, diferentemente do quadro ilusório que nos apresentam o presidente ventríloquo e sua candidata fantoche, o Brasil não passa hoje de um gigante de pés de barro, porque este governo não investiu prioritariamente na infraestrutura econômica e social do País. Se não acredita, confira, leitor. Faça uma avaliação crítica e rigorosa da situação de nossas estradas federais, de nossa educação pública, da assistência à saúde na maioria dos hospitais públicos, da segurança pública, da previdência social (com rombo de R$ 45 bilhões este ano), da situação dos portos e aeroportos, do setor de energia elétrica e dos riscos de apagões, e da devastação da Floresta Amazônica.

Virei militante, só nestas eleições, para enfrentar a tropa de choque que me escreve e patrulha todos os dias, tentando convencer a opinião pública que o melhor do Brasil de hoje foi obra de Lula, ao longo de dois períodos de governo petista – quando, na verdade, a estabilidade monetária e as mudanças mais positivas do Brasil de hoje foram baseadas nas reformas anteriores, no Plano Real e na Lei de Responsabilidade Fiscal – contra os quais o PT votou. E mais do que qualquer governo, o que tem transformado o Brasil é o trabalho de cada um de nós, o esforço de cada cidadão e de cada empresa.

Virei militante, só nestas eleições, para responder sem medo a essa tropa de choque, como a um desses patrulheiros, chamado Raimundo, que ataca Serra com mentiras e calúnias e justifica seu voto em Dilma dizendo que, “nos tempos de chumbo da ditadura, quando muitos se acovardaram e fugiram do Brasil, ela ficou aqui, enfrentando coturnos e baionetas, mesmo sabendo que seria torturada”. Respondi-lhe que voto em Serra porque em sua biografia, não há corrupção, nem mensalão, nem tráfego de influência. E explico-lhe, a seguir, mais uma vez, porque exilar não é fugir.

Virei militante, só nestas eleições, para dizer a todos os Raimundos que, como milhares de outros brasileiros, lutei nos limites de minhas forças e como pude contra a ditadura. Mas que, diferentemente de José Serra, fiquei aqui, resisti, fui preso diversas vezes, simplesmente por pertencer à Ação Popular e por criticar a ditadura. Fiquei porque não consegui me exilar. Não foi por medo. Mas por opção. Porque tinha melhores condições de luta aqui do que lá fora. Porque, diferentemente, de outros, patriotas equivocados, não parti para o terrorismo. Até porque nunca acreditei nesse caminho. E sempre me recusei a matar inocentes. Quem critica os que foram para o exílio, como o faz Raimundo, levianamente, ofende a memória de brasileiros como Leonel Brizola, Luiz Carlos Prestes, Miguel Arraes e dezenas de outros patriotas, independentemente de concordarmos ou não com suas ideologias. Grandes homens em todos os países tiveram que se exilar.

Virei militante, só nestas eleições, porque me sinto na obrigação de trazer este depoimento, como dever de consciência, para a reflexão de todos que se disponham a votar em um candidato capaz de mudar a cara do Brasil, assegurar-nos a democracia, a liberdade de imprensa, o progresso social e o desenvolvimento econômico sustentável.

Em Defesa da Eleição de Serra 45 - Capítulo V - Olhando pelo Retrovisor

Minha postagem para o capítulo V vai se resumir a um copiar-colar de artigo do ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, que acabei de ler no blog do Eliomar, do jornal O POVO. A compreensão que tive ao lê-lo foi a de que, os que temos memória temos a obrigação de "informar" aos outros que o Brasil já existia, e com muitas qualidades administartivas, bem antes de 2003. E que , definitivamente o jargão lulo-petista ...."NUNCA ANTES NESSE PAÍS " é uma tremenda falácia.
Ao texto do Malan


“Diálogo de Surdos”

O presidente Lula, com uma arrogância por vezes excessiva, tentou transformar em plebiscito o primeiro turno desta eleição. Como se o que estivesse em jogo fosse seu próprio terceiro mandato (ainda que por interposta pessoa), um referendo sobre seu nome, uma apoteose que consagraria seu personalismo, seu governo e sua capacidade de transferir votos. Mas cerca de 52% dos eleitores votaram em José Serra e Marina Silva, negando a Lula a tão esperada vitória plebiscitária no domingo passado.

Não é de hoje o desejo presidencial: “Lula quer uma campanha de comparação entre governos, um duelo com o tucano da vez. Se o PSDB quiser o mesmo… ganharão os eleitores e a cultura política do País.” Assim escreveu Tereza Cruvinel, sempre muito bem informada sobre assuntos da seara petista, em sua coluna de janeiro de 2006. Não acredito que a “cultura política” do País e seus eleitores tenham muito a ganhar – ao contrário – com essa obsessão por concentrar o debate eleitoral de 2010 numa batalha de marqueteiros e militantes.

Afinal, na vida de qualquer país há processos que se desdobram no tempo, complexas interações de continuidade, mudança e consolidação de avanços alcançados. O Brasil não é exceção a essa regra. Como escreveu Marcos Lisboa, um dos mais brilhantes economistas de sua geração: “Não se deve medir um governo ou uma gestão pelos resultados obtidos durante sua ocorrência e, sim, por seus impactos no longo prazo, pelos resultados que são verificados nos anos que se seguem ao seu término. Instituições importam e os impactos decorrentes da forma como são geridas ou alteradas se manifestam progressivamente…”

Ao que parece, Lula e o núcleo duro à sua volta discordam e estão resolvidos a insistir numa plebiscitária e maniqueísta “comparação com o governo anterior”. Feita por vezes, a meu ver, com desfaçatez e hipocrisia. Um discurso primário que, no fundo, procura transmitir uma ideia básica (e equivocada) ao eleitor menos informado: o que de bom está acontecendo no País – e há muita coisa – se deve a Lula e ao seu governo; o que há de mau ou por fazer – e há muita, muita coisa por fazer – representa uma herança do período pré-2003, que ainda não pôde ser resolvida porque, afinal de contas, apenas em oito anos de lulo-petismo não seria mesmo possível consertar todos os erros acumulados por “outros” governantes ao longo do período pré-2003.

Mas talvez seja possível, por meio do debate público informado, ter alguns limites para a desfaçatez e a mentira. Exemplo desta última: a sórdida, leviana e irresponsável acusação de que “o governo anterior” pretendia privatizar a Petrobrás, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, entre outros. Algo que nunca, jamais, esteve em séria consideração. Mas a mentira, milhares de vezes repetida, teve efeito eleitoral na disputa pelo segundo turno em 2006 – por falta de resposta política à altura: antes, durante e depois.

Exemplos de desfaçatez: o governo Lula não “recebeu o País com a inflação e o câmbio fugindo do controle”, como já li, responsabilizando-se o governo anterior. A inflação estava sob controle desde que o Real foi lançado no governo Itamar Franco, com Fernando Henrique Cardoso na Fazenda, e se aumentou para 12,5% em 2002 foi porque o câmbio disparou, expressando receios quanto ao futuro. Receios não sem fundamento, à luz da herança que o PT havia construído para si próprio, até o começo de sua gradual desconstrução, apenas a partir de meados de 2002. O PT tinha e tem suas heranças.

O governo Lula não teve de resolver problemas graves de liquidez e solvência de parte do setor bancário brasileiro, público e privado. Resolvidos na segunda metade dos anos 90 pelo governo FHC. Ao contrário, o PT opôs-se, e veementemente, ao Proer e ao Proes e perseguiu seus responsáveis por anos no Congresso e na Justiça. Mas o governo Lula herdou um sistema financeiro sólido que não teve problemas na crise recente, como ajudou o País a rapidamente superá-la. Suprema ironia ver, na televisão, Lula oferecer a “nossa tecnologia do Proer” ao companheiro Bush em 2008.

O governo Lula não teve de reestruturar as dívidas de 25 de nossos 27 Estados e de cerca de 180 municípios que estavam, muitos, pré-insolventes, incapazes de arcar com seus compromissos com a União. Todos estão solventes há mais de 13 anos, uma herança que, juntamente com a Lei de Responsabilidade Fiscal, de maio de 2000 – antes, sim, do lulo-petismo, que a ela se opôs -, nada tem de maldita, muito pelo contrário, como sabem as pessoas de boa-fé.

AS PESOOAS QUE TÊM MEMÓRIA E HONESTIDADE INTELECTUAL também sabem que as transferências diretas de renda à população mais pobre não começaram com Lula – que se manifestou contra elas em discurso feito já como presidente em abril de 2003. O governo Lula abandonou sua ideia original de distribuir cupons de alimentação e adotou, consolidou e ampliou – mérito seu – os projetos já existentes. O que Lula reconheceu no parágrafo de abertura (caput) da medida provisória que editou em setembro de 2003, consolidando os programas herdados do governo anterior.

Outros exemplos. Sobre salário mínimo: não é verdade que tenha começado a ter aumento real no governo Lula, como quer a propaganda. Sobre privatização: o discurso ideológico simplesmente ignora os resultados para o conjunto da população – e, indiretamente, para o atual governo.

O monólogo do “nunca antes” não ajuda o diálogo do País consigo mesmo. O ilustre ex-ministro Delfim Netto bem que tentou: “A eleição de 2010 não pode se fazer em torno das pobres alternativas de ou voltar ao passado ou dar continuidade a Lula. A discussão precisa incorporar os horizontes do século 21 e a superação dos problemas que certamente restarão de seu governo.”

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Em Defesa da Eleição do Serra 45 - Comentários Abalizados de Quem Conhece as Candidaturas

Vocês realmente não precisam acreditar em mim; nem no que eu escrevo ou "copio" da internet para reforçar minhas convicções sobre quem é o melhor para governar o Brasil a partir de 2011.
Talvez vocês acreditem então nas palavras e nos conceitos que o ex-deputado cearense Ciro Gomes tem sobre pesquisas ( do Ibope, pelo menos ...),sobre a o PMBD, o candidato a vice da Dilma Michel Temmer, a coligação PMDB/PT e, pricipalmente sobre QUEM ESTÁ MELHOR PREPARADO PRA SER O PRESIDENTE DO BRASIL.
O que se escreve pode até ser falseado, pode ser mesmo mentira; já as imagens, essas ficam para sempre gravadas, e o que elas mostram não pode ser refutado.
Vamos então ver e ouvir o sr. Ciro Gomes, recentemente nomeado coordenador nacional da campanha da Dilma Roussef a presidência...
Boa noite a todos!

domingo, 10 de outubro de 2010

Em Defesa da Eleição do Serra 45 - Capítulo IV - Os PNDH I, II... III

Uma observação para os leitores menos atentos: os PNDH I e II foram redigidos, depois de discutidos com os representantes da sociedade ( parlamentares ), e posteriormente "adotados" pelo governo federal em 1996 (FHC -PSDB) e 2002 (FHC-PSDB). E o ante-projeto do PNDH III foi elaborado em 2007, ao que parece nos gabinetes da Casa Civil, quando era titular a hoje candidata à presidência Dilma Roussef.

Depois que vocês alguns detalhes sobre a história do PNDH I no Brasil, a coragem de quem o implementou como estratégia de governo, além de algumas de suas diretrizes, complementadas e ampliadas , no que tange aos direitos humanos , pelo PNDH II, comparem-nos com os pontos mais polêmicos do PNDH III, gestado e parido pela visão de direitos humanos que têm a dona Dilma e seus pares; logo ela que no assunto gestação já se declarou explicitamente a favor da legalização de sua interrupção ( aborto )

E leiam também o último parágrafo da postagem, que está entre aspas porque é a reprodução da fala do sr. Nilmário Miranda, falando em nome da Dilma, no congresso, sobre os planos da Dilma Presidente.

Ao adotar, em 13 de maio de 1996, o Programa Nacional de Direitos Humanos, o Brasil se tornou um dos primeiros países do mundo a cumprir recomendação específica da Conferência Mundial de Direitos Humanos (Viena, 1993), atribuindo ineditamente aos direitos humanos o status de política pública governamental. Sem abdicar de uma compreensão integral e indissociável dos direitos humanos, o programa original conferiu maior ênfase à garantia de proteção dos direitos civis.

A maior parte das ações propostas neste importante documento tem por objetivo estancar a banalização da morte, seja ela no trânsito, na fila do pronto socorro, dentro de presídios, em decorrência do uso indevido de armas ou das chacinas de crianças e trabalhadores rurais. Outras recomendações visam a obstar a perseguição e a discriminação contra os cidadãos. Por fim, o Programa sugere medidas para tornar a Justiça mais eficiente, de modo a assegurar mais efetivo acesso da população ao Judiciário e o combate à impunidade.

O processo de revisão do PNDH - PNDH II constitui um novo marco na promoção e proteção dos direitos humanos no País, ao elevar os direitos econômicos, sociais e culturais ao mesmo patamar de importância dos direitos civis e políticos, atendendo a reivindicação formulada pela sociedade civil por ocasião da IV Conferência Nacional de Direitos Humanos, realizada em 13 e 14 de maio de 1999 na Câmara dos Deputados, em Brasília.

As mudanças propostas na redação do PNDH III, que têm gerado, mais que polêmica, preocupação entre os barsileiros são as seguintes:

"Propor reforma constitucional que contemple a descriminalização do aborto, considerando a autonomia das mulheres para decidir sobre seus corpos"

"Propor projeto de lei para institucionalizar a utilização da mediação como ato inicial das demandas de conflitos agrários e urbanos, priorizando a realização de audiência coletica com os envolvidos, com a presença do Ministério Público, do poder público local, órgãos públicos especializados e Polícia Militar, como medida preliminar à avaliação da concessão de medidas liminares, sem prejuízo de outros meios institucionais para solução de conflitos"

"Propor a criação de marco legal regulamentando o art. 221 da Constituição, estabelecendo o respeito aos Direitos Humanos nos serviços de radiodifusão (rádio e televisão) concedidos, permitidos ou autorizados, como condição para a outorga e renovação, prevendo penalidades administrativas como advertência, multa, suspensão da programação e cassação, de acordo com a gravidade das violações praticadas"

"Desenvolver mecanismos para impedir a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União"
E as declarações do Nilmário Miranda...

“Acho que o que a Dilma Rousseff se propõe está no Plano Nacional de Direitos Humanos Três. Foi um plano concebido em conferência e dialogando com várias conferências, mas pelo governo; foi o governo. E passou pela Casa Civil quando ela era ministra”.






Por último um vídeo de uma entevista da candidata Dilma ...