sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Em Defesa do SERRA 45 - Capítulo XXIV - Ciro Gomes Dispara "José Serra é o mais preparado e Dilma não s...

Em Defesa do Serra 45 - Capítulo XXIII - Um Texto do Jabor

Leiam até o fim, por favor! Se acharem muito longo leiam pelo menos o primeiro e os 3 últimos parágrafos.


Jabor - Texto imperdível

- Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.
Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;
Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;
Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade.
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.
É coisa de gente otária.
- Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.

Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.
Brasileiro tem um sério problema.
Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

- Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.

Brasileiro é vagabundo por excelência.
O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários da bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.
- Brasileiro é um povo honesto. Mentira.

Já foi; hoje é uma qualidade em baixa.
Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso.
Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.


- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira.

Já foi.
Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da
Guerra do Paraguai ali se instalaram.
Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha alternativa e não concordava com o crime.
Hoje a realidade é diferente.
Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.
Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.
Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

- O Brasil é um pais democrático. Mentira.

Num país democrático a vontade da maioria é Lei.
A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.
Num país onde todos têm direitos, mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.
Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.
Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores).
Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.

Democracia isso? Pense!

O famoso jeitinho brasileiro.
Em minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.
Brasileiro se acha malandro, muito esperto.
Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.
No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?
Afinal somos penta campeões do mundo né?
Grande coisa...

O Brasil é o país do futuro. Caramba, meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos.
Dessa vergonha eles se safaram...
Brasil, o país do futuro!?
Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

Deus é brasileiro.
Puxa, essa eu não vou nem comentar...

O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.
Para finalizar tiro minha conclusão:

O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse texto, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente.
Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta.
Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.
Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!

Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?

domingo, 24 de outubro de 2010

Em defesa de Serra 45 - Capítulo XXI - A Razão x O Fanatismo

Vocês leram num post anterior onde eu disse que considerava OBRIGAÇÂO nossa, que nos dizemos esclarecidos, independentes, criteriosos nas escolhas, inteligentes, enfim, tentar alertar os outros para os perigos que nos rondam a partir de 31 de outubro? Parece que tem muita gente fazendo a sua parte, escalrecendo, informando, escrevendo e replicando isso para seus contatos pessoais ou de internet; como o engenheiro civil Adauto Mediros por exemplo. Leiam o que ele escreveu...

A hora final: a razão versus o fanatismo
Por Adauto Medeiros

Lula não tem o menor respeito pelo próximo, nem ele, nem o seu partido e sua candidata. Não é errado comparar o PT aos militantes nazistas. As práticas são as mesmas. O incrível é que ainda apareceu “jornalistas” querendo atribuir o prêmio Nobel da Paz a Lula. Imagine um sujeito como Nelson Mandela que passou 27 anos preso pelos brancos e que ao ser libertado disse “pretos e brancos devem conviver em paz”. Lula jamais diria isso. Lula não tem a hombridade, o caráter, a vocação real de estadista, que tem Nelson Mandela.

O Lula “paz e amor” nunca passou de uma peça de marketing cultuado pelos seus defensores e partidários. O fato de um presidente da República sair de sua condição, vá lá, de “magistrado” para afrontar um candidato legitimo (ou será que ele só percebe legitimidade na sua candidata?) taxando-o de “mentiroso e farsante” depois de ser agredido, fisicamente, e que tudo fique por isso mesmo, é simplesmente lamentável. Perdeu a total compostura. Que os seus partidários não vejam “nada demais” na sua reação, não é de admirar, mas que a população aceite isso é que é o triste. E o pior, sua candidata, repetindo o mesmo fraseado e bordão de suas acusações. Deprimente e lamentável.

Dilma fez gracinha com o episódio. Alguns jornalistas também fizeram. Agora imagine se fosse Serra ou Fernando Henrique que tivessem dito o que disse Lula? O mundo tido vindo abaixo. A mentalidade petista é fanática. A quantidade de escândalos envolvendo Dilma, não merece ((basta acompanhar) uma nota de autocrítica dos jornalistas “dilmistas”. No mínimo eles ficam em silencio, calados, ou então reverberam para “protegê-las”. Por esses mesmos, certamente, o Mensalão é peça de ficção. O Mensalão não passou de uma mentira orquestrada e inventada pela oposição. O filho de Lula enricou com a privatização das telefonias. Mas vamos criticar as privatizações. Critica da boca para fora para ganhar votos. E ainda querem dizer que o PT não mente, nem “inventa”. Claro, quem faz isso é Serra. Claro. O PT, Lu la e Dilma são tão puros quanto José Dirceu.

É lamentável que Marina Silva que foi escorraçada do governo petista, em especial por Dilma (ela conheceu de perto o “estilo” Dilma) tenha preferido o silêncio no segundo turno. Dilma é truculenta. Dilma é agressiva. Dilma mata e rouba. Mas agora se diz democrática. A Dilma que vinha adotando o mesmo estilo artificial de Lula “o paz e amor” quando percebeu que com ela não colocava, jogou fora o “paz e amor” e adotou o “estilo espontâneo”. É lamentável.

Entramos na última semana da campanha. Agora é hora de escolher, quem está do lado da democracia e da razão, e é contra os “dossiês”, é contra a truculência, é contra as agressões físicas, é contra a enxurrada de denuncias de corrupção, do outro lado que defende aberta ou de forma escondida truculência, o fanatismo, a descompostura e a desonestidade. Agora é com você.

Adauto Medeiros, engenheiro civil

Em defesa do Serra 45 - Capítulo XX - Para um amigo em particular

Eu nem sabia que tinha leitor da qualidade, da intelectualidade, da competência profissional e de exercício cotidiano da cidadania que esse tem. Não é que eu esteja desmerecendo as qualificações dos meus outros (será que os tenho?)leitores, mas é que esse eu conheço de perto, convivo diuturnamente com ele, por isso mesmo posso emitir o juízo de valor acima. Quando eu receber um comentário que seja (como recebi dele, ao vivo )de algum outro "curioso" deste espaço, quem sabe - com certeza terei - não farei o mesmo julgamento sobre vocês outros. Mas vamos ao que interessa...

O leitor em questão me encontrou casualmente num corredor, confessou que estava acompanhando a série de postagens do blog em defesa do Serra 45 , reconheceu que ele era mais competente ( aliás muita gente reconhece isso; até o maior ídolo político local das últimas duas décadas, o deputado Ciro Gomes, mesmo sendo um desafeto dele, Serra ) que a Dilma, etc, etc, etc,... e que estava pensando em votar nele, apesar da sua ( do Serra ) política para a educação superior ir de encontro aos interesses da docência daquela instância. Ele, que é professor universitário, se sentia incomodado com isso.

Meu particular amigo e leitor: como lhe disse na ocasião, quase nada do que escrevo aqui é de minha autoria, até porque minha intenção não é divulgar minhas opiniões e convicções pessoais quanto a superiordade de valores, seja na história de vida pública ou no comportamento de cidadão, seja na competência das ideías ou nas realizações do político Serra à frente de cargos administrativos. O que tenho feito aqui, como já disse numa postagem anterior, é "facilitar" o conhecimento dos meus leitores sobre fatos, ações e opiniões pessoais ( não minhas) de quem já esteve do outro lado, no PT, com Lula e seus asseclas , mas que não suportaram tanta irresponsabilidade, incompetência, falácia e desonestidade no trato com a coisa pública. Uma das postagens mais antigas da série é um depoimento de ninguém menos do que o jurista Helio Bicudo, 80, um dos fundadores históricos do PT. Mas me desviei de novo...voltemos ao que interessa como resposta ao meu leitor amigo, professor universitário.

Meu amigo: pesquisei, pesquisei,pesquisei mas não encontrei nada "documental" que pudesse lhe apresentar como sendo a política do governo de São Paulo (nas gestões do PSDB, inclusive a do Serra)para o Ensino Superior. Mas posso lhe afirmar, embora não seja necessário - já que você é fruto de muito boa qualidade de uma delas - que , já há 16 anos ( o tempo em que o PSDB governa São Paulo ), o conceito de qualidade das instituições de ensino superior daquele estado, capitaneadas pelo complexo USP, só tem crescido, inclusive internacionalmente. Essa qualidade e seu reconhecimento internacional, convenhamos meu amigo, não fluíram do nada. O nível de qualificação da docência, estímulo à educação permanente, a atualização e modernização permanenente da infra-estrutura, salários dignos subordinados a planos de carreira universitária e, principalmente na minha opinião, o RESPEITO A MERITOCRACIA como porta de entrada na carreira docente, tudo isso enfim, contemplado pela "política" do PSDB para a educação superior, tem feito a diferença para que o tal conceito de qualidade seja para sempre e cada vez maior.

E é esta "política" que o Serra 45 e o PSDB implementarão em todos os estados; como já fez FHC - PSDB entre 1995-2002. Só para lhe lembrar: a interiorização do ensino superior , em todo o Brasil ( aqui no Ceará começou pelo curso de Medicina da UFC )oportunizando ensino de qualidade perto da "casa" do estudante do interior, abrindo oportunidades para a carreira de magistério universitário, além de outras benesses, só foi possível graças a sensibildade do então ministro da educação do governo FHC, Paulo Renato de Sousa. Atualmente ele é secretário de estado da Educação de São Paulo; é também nome lembrado para assumir a pasta da Educação no futuro governo Serra.

Um abraço, meu amigo! E até 31 de outubro com 45 na urna.

Em defesa do Serra 45 - Capítulo XIX - A Verdadeira Pesquisa

Todo o Brasil viu o "vexame" que os institutos de pesquisa ( iclusive o isento Datafolha)passaram com suas previsões de votos no I truno das eleições deste ano. E nõa foi só quanto a eleição presidencial não; eles erraram feio quanto a eleição de alguns governadores e também de senadores, principalmente na eleição do senadro Aloísio Nunes do PSDB de São Paulo.

Esses equívocos são intencionais? Não sei responder. O que sei é que a divulgação dos números, quando desfavoráveis a uma determinada candidatura, desestimula a sua militância, afasta o financiador, além de deseducar o elitor que muitas vezes cultiva a visão inocente de "... não querer perder o voto, votando em perdedor..."; como se numa democracia plena não fosse necessário o seu fortalecimento justamente através de uma oposiçao independente, formada justamente por quem não ganha a eleição. Então o voto do elitor nunca será perdido.

Mas me desviei do que queria postar: as verdadeiras pesquisas são realizadas diariamente, masi de 1 vez por dia, pelos comitês das campanhas. Este procedimento é chamado na estatística de tracking. Pois bem meus amigos, eleitores do Serra presidente: não se desestimulem, não deixem de tentar convencer o indeciso, não deixem de mostrar a eles as inúmeras virtudes do Serra, não desanimem enfim porque:

Inédito - Tracking do próprio PT é Muito Menos Otimista do que as Pesquisas
Por Reinaldo Azevêdo - 22/10/2010

Eu não estou sugerindo nada — nada mesmo! Até porque, quando quero dizer alguma coisa, digo. Não sou oblíquo. O fato é que o PT nunca teve um tracking no segundo turno — nem o de ontem — tão “otimista” quanto os números do Ibope e do Datafolha. Costuma acontecer o contrário: os levantamentos dos partidos sempre lhes são mais favoráveis do que os dos institutos. E a diferença entre a medição do PT e a dos institutos não é pequena

Em defesa do Serra 45 - Capítulo XVIII - PETELECO DA VIOLA "FALA SÉRIO".



Sem comentários...

Em defesa do Serra 45 - Capítulo XVII - Carta Aberta à Nação !

Eu não entendo mesmo porque pessoas esclarecidas, inteligentes, (aparentemente) bem informadas ainda continuam , nesse momento vital para a democracia no Brasil, duvidando das infinitas qualidades de superioridade do candidato Serra e dos programas de governo do seu partido PSDB, quando comparadas às do PT, do governo Lula e de sua candidata Dilma Roussef.

Se fossem só os beneficiários da bolsa-família ( programa de inclusão criado pelo PSDB ), eu até entenderia... afinal a maioria deles, coitados, não têm acesso a INTERNET e ao Google, por isso não podem se informar nem visitar o passado , recente ou remoto. Mas nós outros, intelectuais, jornalistas, professores universitários, profissionais liberais... acho mesmo que temos a OBRIGAÇÃO de : I. Procurar nos informar sobre as verdades dos fatos e compará-las com os boatos de propraganda eleitoral. II. Uma vez nos convencendo sobre as verdades x boatos, com o nosso poder de persuasão porque formadores de opinião que somos, "educar" aos incautos, contribuindo de alguma forma para que saiam do patamar do analfabetismo político, situação absolutamente prejudicial ( pela má escolha na hora do voto ), tão bem descrita já há quase 100 anos pelo dramaturgo alemão Berthold Brecht.

Aqui nesse espaço tenho tentado fazer a minha parte: contribuir de alguma forma para o o melhor e mais completo esclarecimento dos fatos por partes dos que têm tido a paciência e a curiosidade de me "visitar". Abaixo, portanto, uma trancrição de carta aberta à nação e ao Lula, redigida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso

Sem medo do passado

Carta aberta de Fernando Henrique Cardoso a Lula

O presidente Lula passa por momentos de euforia que o levam a inventar inimigos e enunciar inverdades. Para ganhar sua guerra imaginária, distorce o ocorrido no governo do antecessor, autoglorifica-se na comparação e sugere que se a oposição ganhar será o caos. Por trás dessas bravatas está o personalismo e o fantasma da intolerância: só eu e os meus somos capazes de tanta glória. Houve quem dissesse “o Estado sou eu”. Lula dirá, o Brasil sou eu! Ecos de um autoritarismo mais chegado à direita.

Lamento que Lula se deixe contaminar por impulsos tão toscos e perigosos. Ele possui méritos de sobra para defender a candidatura que queira. Deu passos adiante no que fora plantado por seus antecessores. Para que, então, baixar o nível da política à dissimulação e à mentira?

A estratégia do petismo-lulista é simples: desconstruir o inimigo principal, o PSDB e FHC (muita honra para um pobre marquês…). Por que seríamos o inimigo principal? Porque podemos ganhar as eleições. Como desconstruir o inimigo? Negando o que de bom foi feito e apossando-se de tudo que dele herdaram como se deles sempre tivesse sido. Onde está a política mais consciente e benéfica para todos? No ralo.

Na campanha haverá um mote – o governo do PSDB foi “neoliberal” – e dois alvos principais: a privatização das estatais e a suposta inação na área social. Os dados dizem outra coisa. Mas os dados, ora os dados… O que conta é repetir a versão conveniente. Há três semanas Lula disse que recebeu um governo estagnado, sem plano de desenvolvimento. Esqueceu-se da estabilidade da moeda, da lei de responsabilidade fiscal, da recuperação do BNDES, da modernização da Petrobras, que triplicou a produção depois do fim do monopólio e, premida pela competição e beneficiada pela flexibilidade, chegou à descoberta do pré-sal.

Esqueceu-se do fortalecimento do Banco do Brasil, capitalizado com mais de R$ 6 bilhões e, junto com a Caixa Econômica, libertados da politicagem e recuperados para a execução de políticas de Estado.

Esqueceu-se dos investimentos do programa Avança Brasil, que, com menos alarde e mais eficiência que o PAC, permitiu concluir um número maior de obras essenciais ao país. Esqueceu-se dos ganhos que a privatização do sistema Telebrás trouxe para o povo brasileiro, com a democratização do acesso à internet e aos celulares, do fato de que a Vale privatizada paga mais impostos ao governo do que este jamais recebeu em dividendos quando a empresa era estatal, de que a Embraer, hoje orgulho nacional, só pôde dar o salto que deu depois de privatizada, de que essas empresas continuam em mãos brasileiras, gerando empregos e desenvolvimento no país.

Esqueceu-se de que o país pagou um custo alto por anos de “bravata” do PT e dele próprio. Esqueceu-se de sua responsabilidade e de seu partido pelo temor que tomou conta dos mercados em 2002, quando fomos obrigados a pedir socorro ao FMI – com aval de Lula, diga-se – para que houvesse um colchão de reservas no início do governo seguinte. Esqueceu-se de que foi esse temor que atiçou a inflação e levou seu governo a elevar o superávit primário e os juros às nuvens em 2003, para comprar a confiança dos mercados, mesmo que à custa de tudo que haviam pregado, ele e seu partido, nos anos anteriores.

Os exemplos são inúmeros para desmontar o espantalho petista sobre o suposto “neoliberalismo” peessedebista. Alguns vêm do próprio campo petista. Vejam o que disse o atual presidente do partido, José Eduardo Dutra, ex-presidente da Petrobras, citado por Adriano Pires, no Brasil Econômico de 13/1/2010.

“Se eu voltar ao parlamento e tiver uma emenda propondo a situação anterior (monopólio), voto contra. Quando foi quebrado o monopólio, a Petrobras produzia 600 mil barris por dia e tinha 6 milhões de barris de reservas. Dez anos depois, produz 1,8 milhão por dia, tem reservas de 13 bilhões. Venceu a realidade, que muitas vezes é bem diferente da idealização que a gente faz dela”. (José Eduardo Dutra)

O outro alvo da distorção petista refere-se à insensibilidade social de quem só se preocuparia com a economia. Os fatos são diferentes: com o Real, a população pobre diminuiu de 35% para 28% do total. A pobreza continuou caindo, com alguma oscilação, até atingir 18% em 2007, fruto do efeito acumulado de políticas sociais e econômicas, entre elas o aumento do salário mínimo. De 1995 a 2002, houve um aumento real de 47,4%; de 2003 a 2009, de 49,5%. O rendimento médio mensal dos trabalhadores, descontada a inflação, não cresceu espetacularmente no período, salvo entre 1993 e 1997, quando saltou de R$ 800 para aproximadamente R$ 1.200. Hoje se encontra abaixo do nível alcançado nos anos iniciais do Plano Real.

Por fim, os programas de transferência direta de renda (hoje Bolsa-Família), vendidos como uma exclusividade deste governo. Na verdade, eles começaram em um município (Campinas) e no Distrito Federal, estenderam-se para Estados (Goiás) e ganharam abrangência nacional em meu governo. O Bolsa-Escola atingiu cerca de 5 milhões de famílias, às quais o governo atual juntou outras 6 milhões, já com o nome de Bolsa-Família, englobando em uma só bolsa os programas anteriores.
É mentira, portanto, dizer que o PSDB “não olhou para o social”. Não apenas olhou como fez e fez muito nessa área: o SUS saiu do papel à realidade; o programa da aids tornou-se referência mundial; viabilizamos os medicamentos genéricos, sem temor às multinacionais; as equipes de Saúde da Família, pouco mais de 300 em 1994, tornaram-se mais de 16 mil em 2002; o programa “Toda Criança na Escola” trouxe para o Ensino Fundamental quase 100% das crianças de sete a 14 anos. Foi também no governo do PSDB que se pôs em prática a política que assiste hoje a mais de 3 milhões de idosos e deficientes (em 1996, eram apenas 300 mil).

Eleições não se ganham com o retrovisor. O eleitor vota em quem confia e lhe abre um horizonte de esperanças. Mas se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer.