sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Bocado comido, bocado esquecido

O título desta postagem é uma expressão muito comum aqui pelas bandas do nordeste brasileiro; ela significa a falta de reconhecimento e de gratidão por algo ou alguém que tenha nos sido útil em momentos passados.

Por mais de 4 décadas, acho, o sistema S vem prestando relevantes serviços à sociedade brasileira, nas grandes cidades e também nos mais longíquos rincões do país. E, pelo menos até o semestre passado, antes que o presidente da FIESP, sr. Paulo Skaf, moblizasse campanha nacional pelo fim da CPMF, os governantes de plantão viam a participação do terceiro setor com muito bons olhos.

De repente todo o patrimônio de realizações do empresariado, dos industriais e comerciantes abrigados nessas organizações S virou um risco n'água; hoje o que vemos são questionamentos partindo da cúpula do planalto sobre como, quando e onde estão sendo aplicados os recursos públicos demandados do erário através de parcerias para o sistema S. Acho que é pura dor de cotovelo. Enqüanto quem deve, por obrigação constitucional, fazer e não faz, o terceiro setor tem dado conta do recado; vide, por exemplo, o programa nacional da mesa solidária do SESC, o programa de investigação cultural e histórica do SESI, as escolas profissionalizantes do SENAC, e tantas outras ações que vêm transformando a realidade social do Brasil.

Fica o meu reconhecimento ao valor do sistema S para a melhoria da vida das pessoas, principalmente os menos favorecidos pelos ventos da economia. E meu testemunho de pelo menos 3 ações implementadas por eles, aqui na minha Sobral, só nestes 25 dias de 2008: 1.O caminhão de saúde bucal do SESC, em parceria com o município, instalado no distrito de Bonfim, para que não vejamos aumentada por lá a estatística dos desdentados. 2. Uma pesquisa sobre a história cultural da cidade, desenvolvida pelo departamento nacional de cultura do SESI. 3. O carnaval da terceira idade, realizado ontem em praça pública, patrocinado pelo SESC.

Imaginemos o que não poderia ser realizado a mais pelo terceiro setor, se não tivéssemos de pagar tanto imposto. Cuidemos para que a CPMF não volte maquiada com outra sigla.

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