sábado, 23 de fevereiro de 2008

Livro: instrumento universal para o conhecimento e a aculturação

Desde os tempos imemoriais que o livro existe. Não com o formato atual, impresso em folhas de papel, que só se tornou possível a partir do século XVI, com Guttemberg. Mas os LIVROS de história nos ensinam que na biblioteca da cidade perdida de Atlândida foram encontradas milhares de "tábuas" de barrro , com dimensões maiores ou menores, preenchidas por inscrições que, decifradas, nos informaram sobre a realidade e o pensamento da época. Se você quiser saber mais sobre esta cidade/mito? clique www.google.com.br, pesquise sobre Atlândida e milhares de livros virtuais estarão a sua disposição.


Sobral anfitriona desde o dia 19 e até hoje, a Feira Regional do Livro, patrocinada pelaSecretaria Estadual de Cultura. Não pude comparecer ao seu momento inicial de abertura, mas ouvi da imprensa que cobriu o evento que o sr. Auto Filho, titular da pasta-madrinha do evento, teria feito comentário infeliz ( a meu juízo ) comparativo entre as qualidades e vantagens infinitas para atualização e universalização do conhecimento, do livro impresso, "desmerecendo" de alguma forma essas mesmas características diagnosticadas nos exemplares virtuais. Prefiro acreditar que o radialista/jornalista que divulgou e comentou, tenha compreendido mal a fala do secretário; por razões óbvias, claro, já que é conceito mundial o up-grade conquistado por todos os que temos sede de mais conhecimento ( e ele nunca será pleno ), com o advento da Internet.

Não pude estar na abertura da feira, mas lhe fiz uma visita demorada anteontem à noite. Percorri e visitei, demoradamente, cada um dos stands de exposição das obras. Quanta coisa interessante, quanta produção de qualidade, inclusive as de autores conterrâneos e de impressão idem. Lá encontrei também muitos textos documentais ( leis, portarias, código de postura...) do município, como se fosse uma resposta ao direito da cidadania em conhecer seus arquivos públicos - habeas data.

Vi, como disse, e folheei muitos volumes, publicações antigas e muitas bem atuais. Comprei um volume: Do Contrato Social, de Rousseau. Não consegui ver exposto, entretanto, o livro Lula é Minha Anta, do escritor e jornalista Diogo Mainardi. Não sei o que pensaram os idealizadores da mostra quando decidiram não divulgar aquele livro, mesmo sabendo que ele se encontra, desde seu lançamento ( setembro/2007) entre os dez mais lidos em qualquer lista técnica de avaliação de produção literária .

Será necessário lembrar que censura prévia não combina com o ideal de universalização da informação e do conhecimento, razão maior da existência de eventos como o que hoje se encerra?

A propósito de Lula é Minha Anta: já li o livro; ele é tão interessante, e certamente tem muito mais qualidade literária que muitos dos tomos expostos na mostra; mas não "teve o direito" de ser visto e eventualmente ser escolhido democraticamente por algum leitor para sua aculturação.

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