sábado, 9 de outubro de 2010

Em defesa da Eleição do Serra 45 - Capítulo IV - Quanto Vale uma Vida?

Antes de entrar no assunto propriamente dito devo informar aos meus leitores, caso queiram interagir com comentários, que o façam para meu novo e-mail: azevedo.78@hotmail.com

Minha defesa pró-eleição do Serra 45 quer lhes interrogar mais uma vez, agora sobre o assunto privatização.. Mesmo que tenha havido nos casos das estradas estaduais de São Paulo e das federais Regis Bittencourt e Fernão Dias apenas uma concessão de exploração e não propriamente uma PRIVATIZAÇÃO, é assim que os petistas, o governo do presiMENTE Lula e a campanha de sua candidata a presidente tem tentado mostrar a situação, comparando principalmente valores de pedágio cobrados à população naquelas estradas (estaduais) e nessas (federais). Apresento-lhes a seguir, um exemplo de valores de pedágios aplicados numa e noutra situações:

Nas estradas estaduais de São Paulo uma nova praça de pedágio surge a cada 40 dias, como mostrou o Estadão, e a tarifa do principal sistema rodoviário do estado, o Anchieta-Imigrantes, foi reajustada para R$ 18,5o, em junho. “Para se ter uma ideia, ficou mais barato viajar a outro Estado do que internamente. Cruzar de carro os 404 quilômetros entre a capital paulista e Curitiba, no Paraná, através da rodovia Regis Bittencourt, custa R$ 9 em tarifas. Já para cobrir distância semelhante até Catanduva, por exemplo, é preciso desembolsar R$ 46,70″, destaca o Estadão.
Uma diferença significativa para os nossos bolsos, não é mesmo? Aí é que começa a fazer sentido o título dessa postagem: quanto vale uma vida? Sim, porque, se temos essa diferença significativa de valores cobrados ao contribuinte numas e noutras estradas, também temos variações importantísssimas nas estatísticas de acidentes com vítimas fatais nelas, o mais das vezes tendo como causa (dos acidentes) as (péssimas) condições das pistas de rolamento, sinalização, duplicação, socorro de apoio, etc, etc, etc.

Mais uma vez lhes apresento alguns dados catalogados pelo DNIT-departamento nacional de infra-estrutura dos transportes terrestres :
O índice de acidentes nas rodovias estaduais de São Paulo caiu 5,8% em 2008 e o de mortes, 15% em relação ao ano anterior.O índice de mortalidade, que representa os acidentes com vítimas fatais, apresentou uma queda de 15,1%, saindo de 3,86 em 2007 para 3,28 em 2008. Em números absolutos, 2.416 pessoas morreram em 2007 2216, poupando-se assim pelo menos 200 vidas.

Os investimentos em estradas em SP não são pontuais e temporais, mas refletem um trabalho ao longo dos anos. Para se ter uma idéia, o número de Unidades Básicas de Atendimento (UBAs) cresceu de duas em 1999 para 40 em 2008. Hoje, elas atendem mais de 400 mil pessoas por ano em 8 mil quilômetros de rodovias. Além disso, o Estado conta com o telefone 0800 para que a pessoa possa pedir socorro de onde estiver. E os atendimentos cresceram muito. Em 2001, 144 mil pessoas telefonaram para o serviço. Em 2008, foram 5,5 milhões: um aumento de 38 vezes nas ligações.

Aliás, investir em cuidados com as estradas pode se reverter em economia para áreas como a de pronto-socorro às vítimas. Com a diminuição dos acidentes em 2008, é possível afirmar que o Estado de São Paulo economizou R$ 400 milhões que seriam gastos com socorro das vítimas. No total, segundo estudos realizados com base nos dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os custos com acidentes em 2008 foram de R$ 3,3 bilhões.

E agora os "dados" sobre o modelo petista de privatização das estradas...

O barato está saindo caro demais na administração e manutenção das Rodovias Fernão Dias e Régis Bittencourt — os chamados corredores do Mercosul, que se colocam entre as primeiras estradas brasileiras em valor de carga transportada. Dois anos após o governo federal ter concedido as estradas a operadores privados, pelo pedágio mais barato possível, elas estão longe de oferecer segurança a seus usuários. Em alguns trechos, toras escoram partes das pistas, as encostas cedem, ameaçando arrastar as pistas de rolamento e abalando estruturas de viadutos. Automóveis e caminhões caem em buracos onde deveria haver uma pista. Os desvios da Rodovia Fernão Dias aumentavam, em março, em 70 quilômetros a viagem entre São Paulo e Belo Horizonte.

As expectativas dos motoristas que apostavam que a Rodovia Régis Bittencourt melhoraria com a privatização foram frustradas. Ela continua merecendo o título de "estrada da morte". Seu principal gargalo, na Serra do Cafezal, é um funil de 30,5 quilômetros onde acontecem 46% mais acidentes do que no restante da rodovia. Mas esse trecho não será duplicado tão cedo.

Encerro o capítulo de hoje como comecei ao titulá-lo: QUANTO VALE UMA VIDA?

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