quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Ainda dá tempo

Ano novo, e no meu caso mais uma tentativa de escrever com regularidade neste espaço. E já recomeço "procurando" encrenca com os poderosos, se bem que poder não tenho nenhum contra eles. Mas como diria o meu blogueiro-guru Reinaldo Azevedo -www.reinaldoazevedo.com.br-, o blog é meu e eu escrevo nele o que quiser, sem amarras ou censuras de quem quer que seja. Vamos ao assunto de re-estréia, então...
Nos 2 últimos dias do ano o jornal O Povo publicou reportagens muito interessantes sobre "a quantas andam os processos licitatórios para construção dos 2 hospitais regionais - Cariri e Zona Norte - do estado". O que entendi das reportagens é que pras bandas do triângulo CraJuBar as coisas estão quase saindo do papel e passando pro concreto (material de construção). Já o projeto para a nossa região, nada, ou quase nada de concreto ( decisão definitiva ). É onde entro com o meu título: ainda dá tempo.
Eu não tenho informações sobre a decisão do governador Cid Gomes, quando ainda em campanha, prometeu esses 2 hospitais e definiu sua localização geográfica específica, mas acho que foi (mais) uma decisão político-eleitoral do que uma estratégia administrativa para descentralizar os serviços de saúde de qualidade oferecendo-os a todos (... sáude é um direito de todos e um dever do estado... Art 196 Constituição Federal) os cidadãos, mesmo os que moram distante dos grandes centros urbanos.
Sobral já conta com um grande hospital "público", mantido quase na sua totalidade pelo erário (federal, estadual e municipal). E, ironicamente para a situação que se apresenta - a necessidae de mais um grande hospital geral na cidade - nossa Santa Casa tem como demanda diária, principalmente dos casos mais graves e urgentes, um percentual significativo de pacientes encaminhados pelos serviços de saúde das cidades do planalto da Ibiapaba ou da região do baixo Acaraú.
Conclusão: Sobral vai continuar concentrando todo o atendimento de sáude dos aproximados 70 municícipios que compõem a macro-região noroeste do estado. E, ironicamente de novo, com riscos de perda de qualidade final de seus serviços, uma vez que poderemos "contrair"a síndrome feto-fetal financeira, situação que, como na gravidez gemelar de placenta única, inevitavelmente levará a atraofia de uma das entidades hospitalares. Alguem se arrisca a prever o nome da vítima?
Fica então meu apelo: governador Cid Gomes, secretário João Ananias, prefeito Leônidas, SIMEC, CREMEC, políticos representantes da região, sociedade enfim, pessoal, ainda dá tempo de se rever, à luz de estudos mais criteriosos, "de fora-de-gabinete", a definição para localização da instalação desse novo hospital geral, e que responda, democrática e constitucionalmente, aos anseios e necessidades dos cearenses que moramos por essas bandas do estado.

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