segunda-feira, 26 de julho de 2010

As 3 polícias do Ceará: um mini-conto

O mote da campanha do hoje governador Cid Gomes, em 2006, foi a falência da segurança pública no estado do Ceará; e a menina dos olhos dele, para resolver esse grave problema, era o programa Ronda do Quarteirão. Como estratégia política deu tão certo que ele foi eleito em primeiro turno com quase 1 milhão de votos a mais que o o dr. Lúcio Alcântara, que à época tinha 67% de aprovação para sua administração.
E quanto a segurança pública, passados os quase 4 anos do mandato do novamente candidato a governador Cid Gomes, será que ele pode usá-la novamente como mote de convencimento, pelo sucesso (?) alcançado com as ações de suas 3 polícias - civil, militar e a "ronda do quarteirão" -?
Para quem porventura não tenha entendido a classificação da nossa segurança em 3 categorias distintas sugerimos procurar conhecer, pela imprensa mesmo, ou in loco, se tiver oportunidade de acesso, as acomodações das delegacias civis, o fardamento dos policiais militares, as viaturas dessas duas corporações, e comparar com os ítens análogos da ronda. Isso para citar apenas o que o contribuinte pode vislumbrar facilmente, porque sobre soldos distintos e hierarquia não repeitada, além do ( ao que parece, pela pletora de casos "inexplicáveis" ) patente despreparo e qualificação indevida, só podemos mesmo imaginar. E quando constatamos só podemos lamentar vidas ceifadas como a de um jovem de 14 anos, morto ontem à tarde em Fortaleza por um policial da corporação ronda.
A imprensa cearense toda repercurtiu hoje o fato, quase justificando a situação, demonstrando um certo parcialismo ao alertar para o risco da politização, em detrimento da campanha à reeleição de Cid, de um caso "isolado" como o de ontem. É inevitável que isso aconteça; como aconteceu há 4 anos , em detrimento do então candidato à reeleição dr. Lúcio Alcântara.
Talvez fosse mais lícito e isento por parte da mídia fazer pesquisa estatística comparativa nos seus próprios arquivos, apanhando os cortes temporais dos anos de 2006 e 2010 agora; quem sabe - embora eu ache difícil- não se encontrarão motivos para comemorar no que tange aos índices de violência urbana, assassinatos, assaltos, sequestros, etc, depois que se instalou, por decreto adminisitrativo governamental, a cizânia na honrosa classe dos policiais do nosso estado.
Fica a sugestão jornalística, para que não se diga que meu voto no dr. Lúcio Alcântara - 22 é tendencioso.

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